Primeiro foi o FMI a apresentar o primeiro relatório de apoio ao debate sobre o Estado Social em Portugal. Agora é a OCDE que começa a sugerir medidas. Mas por que raio estamos a começar a discussão pelo fim?
Por que é que o Governo não iniciou este debate assim que entrou em funções? Por que é que não iniciou o debate assim que a expressão "refudanção do memorando" veio a público? Por que é que somos avisados por comentadores de televisão que há estudos a serem encomendados a entidades estrangeiras?
Eu tenho a resposta: porque o Relvas existe.
Este está eleito desde já o governante mais incompetente (menos para ele próprio claro), mais odiado e mais descredibilizado de sempre. Até o Santana Lopes foi menos gozado do que este sujeito. Não tem a mínima capacidade de comunicar seja o que for aos portugueses, nem tão pouco coordenar o discurso dos outros membros do Governo. Aliás, é bem provável que a estratégia de comunicação seja precisamente esta: mandar os amigos lançar o assunto na praça pública para que ninguém lhe atribua directamente as culpas.
Este debate está inviabilizado logo à partida e é pena porque se trata de um assunto demasiado importante. Na minha opinião, este Governo não tem a mínima legitimidade para fazer uma reforma deste tamanho, já que estas medidas nunca foram sufragadas. É por isso que ouço com nojo declarações do género: "temos de debater o Estado Social que os portugueses querem...". Os portugueses? Ou o que apenas o Governo quer? Nunca ninguém me perguntou nem vai perguntar o que gostaria de ter como Estado Social e infelizmente vão ser os do costume a decidir.
Viva a democracia!...
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