1. O DAX de Frankfurt vai mergulhar 33%
Em 2012, a Alemanha teve uma clara supremacia face ao resto das bolsas europeias, mesmo tendo em conta a crise no continente e a fraca actividade chinesa.
O abrandamento da economia chinesa vai colocar um travão na expansão industrial alemã. Isto causará uma estagnação dos inventários e uma diminuição dos lucros de grandes empresas como a Siemens, a BASF e a Daimler. Este stress de mercado irá degradar a confiança dos consumidores, e como resultado disso, a procura interna.
Com a fraca procura interna e a queda nas exportações, os índices de aprovação da chanceler Merkel irão cair a pique, podendo obstruir a sua reeleição no terceiro trimestre do ano. Com uma fraca economia e muita instabilidade política, o DAX vai descer para 5.000, ou seja, 33%.
2. A nacionalização da maioria das empresas de electrónica do Japão
As empresas de electrónica do Japão, outrora a glória da nação, entraram numa fase terminal após o país ter sido ultrapassado nessa área pela Coreia do Sul, com especial destaque para a Samsung. Com este declínio, as empresas direccionaram-se para o mercado interno, algo com elevados custos em sintonia com o nível de vida do Japão.
Perdas na ordem dos 30 milhões de dólares (22,6 milhões de euros) nas empresas como a Sharp, Panasonic e Sony deteriorarão a credibilidade das empresas que serão nacionalizadas, num “déjà-vu” do mercado automóvel americano. Em 8 dos últimos 16 anos o PIB (produto interno bruto) do Japão não cresceu, consequência dos resgates
3. Soja aumenta 50%
O mau tempo em 2012 causou o caos nas culturas e teme-se que este cenário se mantenha em 2013, nas épocas de plantação e de crescimento. O stock de soja é precário, fruto de 9 maus anos, o que leva a que a volatilidade do seu preço fique exposta a disrupções.
O aumento na procura de biocombustíveis, neste caso óleo de soja refinado, vai fazer com que o preço aumente em cerca de 50%
4. Ouro a 1.200 dólares (906 euros) por onça (28,35 gramas)
A força da recuperação dos Estados Unidos em 2013 vai surpreender os mercados e especialmente os investidores em ouro, que durante os últimos anos tem dominado o mercado.
As mudanças verificadas na economia americana, combinadas com a falta de recuperação na procura física do ouro na China e na Índia, onde ambos lutam contra um fraco crescimento e desemprego crescente, despoleta a liquidação do ouro. Isto é fruto da decisão da Reserva Federal americana em reduzir ou eliminar em definitivo a compra ou hipoteca de obrigações do tesouro.
Os fundos de investimento vão mudar-se para o lado vendedor, o que fará com que o ouro desça de 1.500 dólares para 1.200 dólares antes que as economias emergentes ou os bancos centrais possam tirar vantagem dessa redução.
5. Barril de petróleo atinge os 50 dólares
A produção de energia nos Estados Unidos continua a aumentar para além das expectativas, graças às avançadas técnicas de extracção de petróleo do xisto betuminoso.
A produção de barris de petróleo continuará a crescer e com um inventário para 30 anos, os preços baixarão para 50 dólares o barril. O lado da oferta, ou seja, a Rússia e os países exportadores de petróleo irá reagir muito tarde, hesitando em reduzir a produção, mantendo a oferta alta.
6. 60 ienes valem 1 dólar
O Partido Liberal Democrático volta ao poder com a punição do iene na agenda. Mas a realidade é que um parlamento pouco cooperativo e a resistência do Banco do Japão, significam que apenas algumas medidas serão introduzidas.
Entretanto, o mercado vai ficar pouco satisfeito com a ideia de enfraquecer o iene. A deflação e a repatriação de investimentos farão com que este se fortaleça e chegue aos 60 ienes por dólar.
7. Hong Kong muda o regime de câmbios fixos do dólar americano para o renminbi chinês
A China mergulha no seu compromisso político de se afastar do dólar americano, e dá esse grande passo quando Hong Kong tomar a decisão de mudar o seu regime de câmbios fixos do dólar americano para o renminbi chinês.
Outros países asiáticos irão mostrar o desejo de fazer o mesmo. A China irá começar a aumentar a convertibilidade para apanhar uma fatia maior do mercado de comércio. Rapidamente a volatilidade do renminbi aumentará enquanto a China perderá o gás, tornando Hong Kong o mais importante centro de comércio de renminbi.
8. Banco Central Suíço interrompe combate à subida do franco
Com a eleição em Itália e os problemas na Grécia, Portugal e Espanha, haverá um grande movimento de capitais para a Suíça, o que levará a que o governo suíço e o seu banco central decidam deixar o franco apreciar-se em relação ao euro.
Eventualmente, a sua apreciação irá parar, mas não antes de 0,95 francos suíços valerem 1 euro.
9. Espanha aproxima-se do incumprimento enquanto taxas de juro aumentam para 10%
O mercado ignorar o alinhamento da periferia da União Europeia, impondo à União um risco sistémico. Este é o caso particular da Espanha, onde o rendimento de 1,8 milhões de pessoas é agora inferior a 400 euros, e onde apenas 17 milhões em 47 estão empregados.
A taxa de desemprego é de 25% e nos jovens chega aos 50%. A Catalunha continua a tentar separar-se, numa altura em que a Espanha verá o total da sua dívida explodir até aos 400% do seu PIB (produto interno bruto).
10. Yield a 30 anos dos Estados Unidos dobra
As obrigações do tesouro a 30 anos mostram um retorno esperado de 0,4% (2,8% de yield menos 2,4% de inflação) para os próximos 30 anos. É esperado que a Reserva Federal mantenha as taxas baixas, mas em 2013 isto pode mudar graças à política da taxa de juro de 0%, o que obriga os investidores a mover o capital para conseguirem uma yield.
O mercado das obrigações é de 157 biliões de dólares contra uma valorização de mercado de 55 biliões. Isto significa que por cada dólar em acções há três em obrigações.
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