Ainda nem tinha tido oportunidade de falar sobre a demissão de Vítor Gaspar e agora demite-se Paulo Portas. O primeiro saiu zangado com o segundo e o segundo saiu zangado por ser substituído por outro igual ao primeiro. Espero terminar este post antes que mais alguém se demita.
Politicamente, Paulo Portas saiu na altura ideal com a desculpa ideal. Qualquer um compreende as suas motivações e por isso acabará por sair pela porta da frente, mesmo participando em todas as más medidas deste governo.
É de realçar que este é um governo que tinha uma maioria parlamentar, um presidente da república que o apoiava e uma troika que fazia pressão para se manter unido. Nem assim! As demissões ocorrem por razões estritamente políticas (Gaspar não estava a conseguir levar avante o seu plano e Portas estava a ficar cada vez pior na fotografia) e por isso não creio que as greves ou os sindicatos terão influenciado muito estas decisões.
Pedro Passos Coelho "vai falar ao país" às 20h, sendo que quando ouço esta expressão é sempre para dar péssimas notícias. Creio que há uma forte possibilidade de precipitar eleições antecipadas, o que nos deixará muitíssimo perto do segundo resgate. Para os líderes europeus isto é uma bofetada na cara, mas para os portugueses vai ser um novo período de terror social.
A ver vamos onde vai parar este país e esta Europa...
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