Devo dizer que fiquei positivamente surpreendido com algumas das medidas anunciadas.
- O horário de 35 horas semanais era um desigualdade que existia há demasiado tempo, sem qualquer justificação. Concordo em absoluto.
- A mobilidade especial sem limite de tempo era outra parvoíce de todo o tamanho. Pagar uma fracção do ordenado a uma pessoa e não beneficiar dos seus serviços é o equivalente a uma pensão vitalícia. Concordo com o tecto máximo de 18 meses.
- Os regimes de bonificação do tempo de serviço para o acesso à reforma é uma desigualdade gigantesca que existia até agora. Só tenho pena que não tivessem terminado com os privilégios dos juízes do Tribunal Constitucional, que se podem reformar após 12 anos de serviço.
Quanto à taxação das reformas e aumento (virtual) da idade da reforma para os 66 não acho que tivessem sido uma boa medida. Acho que deviam atacar áreas da despesa onde há de facto ineficiência ou desigualdade, tal como as medidas com que concordo acima.
O governo insiste em dizer que "quase 70% da despesa é com o estado social". Eu percebo que seja inevitável cortar alguma coisa aqui, mas gostava que pelo menos referisse o que vai cortar na outra fatia do bolo (os tais 30%). É que nem uma palavra. Todos os dias ouvimos falar de BPNs, PPPs, SWAPs, etc e somos obrigados a assistir a que ninguém faça nada. É revoltante...
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