quinta-feira, 25 de abril de 2013

Europa a várias velocidades

Há duas semanas atrás o presidente do Banco Central Europeu apresentou aos representantes dos países da moeda única os slides deste link.
Um dos gráficos que me saltou à vista foi o que está abaixo. Representa os spreads praticados pelos bancos de 4 países às PME. Reparamos que os valores da Alemanha e França são substancialmente inferiores ao da Espanha e mesmo da Itália. Aposto que em relação a Portugal seria menos de metade do custo.

Ora, como é possível falar em competitividade se as condições de financiamento são totalmente diferentes? A mesma empresa em países diferentes é obrigada a praticar salários mais baixos ou preços mais altos nos países com maior dificuldade de acesso ao crédito. Com o agudizar da crise, este fosso só vai continuar a aumentar.
Já cheguei a um ponto em que para mim só há duas alternativas claras: uma convergência total das economias europeias ou uma separação definitiva da moeda única. A convergência implica financiamento igual para todas as empresas, regime fiscal semelhante e salários proporcionais. Desta maneira todos os países ganhariam um pouco, ao contrário do que acontece agora, em que uns ganham muito à custa dos outros.

No half measures!

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