quarta-feira, 10 de outubro de 2012

IMF Fiscal Monitor

O relatório que é feito periodicamente pelo FMI - Fiscal Monitor - veio recentemente à baila na comunicação social, porque apareceu por lá um indicador interessante sobre Portugal:

Portugal teve o segundo maior aumento da carga fiscal nos países desenvolvidos

Graças a Deus, Portugal consegue sempre um destaque neste tipo de relatórios. Pena é que seja sempre pela negativa. No entanto vale a pena dar uma leitura rápida no relatório  observar o que se passa também nos outros países.

Na tabela abaixo podemos observar os balanços orçamentais das principais economias mundiais. Algumas conclusões que tiro são:

  1. Quase todos os países têm deficits.
  2. A Irlanda abusa.
  3. Portugal vinha com uma trajectória de bancarrota e o Monsieur Sócrates nada fez de jeito.
  4. O que está a dar é ser produtor de petróleo.


Outro quadro interessante é o das medidas de austeridade aplicadas pelos países. Portugal faz praticamente o pleno, com a excepção do aumento das contribuições sociais. E só não fez o pleno porque toda a gente achou que o aumento da TSU era parvo, caso contrário seríamos vencedores da desgraça.


Um dado curioso é que enquanto andamos sempre a falar em déficits cá em Portugal, a Noruega tem andado com superávits de dois dígitos, pelo menos desde 2006. Bem sei que ter petróleo é essencial, mas ainda assim é obra.



Na página 39 pode-se ler um texto sobre como a Suécia conseguiu e consegue aguentar-se nesta crise de dívidas soberanas. Alguns dos instrumentos que eles usam não podem ser reproduzidos por Portugal, uma vez que estamos integrados na moeda única, mas não deixam de ser boas lições.

O relatório contém inúmeros indicadores sobre as principais economias mundiais, o que para quem está interessado é recomendável.

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