quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Orçamento do nosso descontentamento

Primeiro, queria informar que duas consultoras publicaram relatórios (um cada uma) sobre as principais medidas anunciadas no Orçamento de Estado para 2013 e que estão bastante bem resumidas:

Em segundo lugar é bom trazer para a opinião pública aquilo que o FMI disse hoje e que é gravíssimo. Num artigo da RTP é possível ler as novas previsões do FMI para a economia portuguesa, tendo em conta as medidas de austeridade do orçamento recém apresentado. É a previsão de um descalabro (roubei a palavra à RTP) total para o nosso país. Dizem eles que iremos ter uma recessão entre 2,8% a 5,3% do PIB. Reparem que o limite mínimo do intervalo é quase o triplo da previsão do governo, que é de 1%. Várias coisa me vieram à cabeça quando li esta notícia:

  1. Mesmo sabendo que é habitual o Governo fazer previsões mais optimistas, como é possível haver uma discrepância desta envergadura?
  2. Como é possível que apenas o Governo consiga ver uma inversão da recessão?
  3. Com o FMI a mudar a sua opinião sobre a austeridade não estará na altura de rever o memorando?
  4. O FMI não faz a mais pequena ideia sobre os efeitos da austeridade. Só sabe que a recessão poderá andar entre dois valores muito afastados um do outro. Ao menos já aprendeu que só faz mal à economia...
  5. Com uma recessão brutal, como é que os políticos pensam que se vai pagar a dívida?
É aproveitar que a Angela Merkel vem aqui a Portugal (ainda não percebi bem porquê) para a impedir de sair enquanto não flexibilizar as metas orçamentais. Porra lá para a gorda...

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