Também no capítulo da dívida, os alemães estão em violação dos tratados Europeus, em que o tecto estabelecido é de 60% do PIB: registou em 2011 uma dívida de 80,5%.
Na semana que passou, o principal líder da oposição na Alemanha avançou com um número interessante (as palavras não são exactas): "Se cortássemos na Alemanha o que Portugal tem de cortar em percentagem, teríamos de explicar muito bem à população por que razão iríamos cortar cerca de 150 mil milhões do orçamento".
É este trabalho de sensibilização da opinião pública dos países do norte que é preciso fazer. Os políticos de lá, tais como os daqui, dizem o que for preciso para ganhar o voto das pessoas. Ora, por lá, têm ganho votos aqueles que dizem que o Sul se portou mal e que eles nos estão a dar dinheiro ao desbarato. Pois é precisamente graças a esta crise que a Alemanha (e outros) têm facturado imenso, senão vejamos alguns argumentos:
- O índice bolsista DAX tem estado em valores próximos de máximos históricos.
- As obrigações do tesouro alemãs são emitidas a juros negativos.
- Emprestam aos países em dificuldades a 3%, 4% ou 5% e impõem medidas para que a população lhes pague de volta.
Não é com este tipo de atitude que se constrói uma Europa solidária. Já temos o castigo das medidas de austeridade, porquê pagar juros altos e ser duplamente castigado? Quando é que vamos ter um líder português que bata o pé no chão?
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