quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Segurança Social em 2100

Há dias visitei um site que permite consultar a estrutura demográfica de vários países do mundo, assim como a previsão até 2100 tendo em conta o ritmo actual.


A figura acima representa a demografia portuguesa em 2010. É uma distribuição característica de países desenvolvidos, em que a base (idades menores) é mais estreita em relação à meia idade. Conclui-se também que a distribuição entre géneros é mais ou menos uniforme, o que contradiz aquilo que sempre ouvi - que havia mais mulheres do que homens.
Existem, portanto, muitas pessoas com idade de trabalhar e descontar para a Segurança Social de maneira a poder pagar as reformas às pessoas mais velhas deste país. O problema está na evolução que a distribuição está a ter e que se prevê que se venha a agravar (figura abaixo).




Se os governos do futuro não incentivarem a natalidade no nosso país, poderemos ter uma distribuição de idades insustentável nos moldes actuais de segurança social. Não é possível que uma pequena fracção da sociedade trabalhe para sustentar as reformas da maioria da população.
A previsão é muito preocupante e leva a crer que terão de ser tomadas medidas que contrariem este ritmo. Sabendo que Portugal é um país constantemente em crise financeira, não me parece que venham a haver decisões sérias nesta matéria. Aposto que o melhor que os governantes do futuro saberão fazer é aumentar a idade da reforma.

Reparem também no tamanho da população: menos 4 milhões do que agora (-37%). Se esta tendência se verificar pela Europa toda (que também é apresentado no site), a economia europeia será certamente ultrapassada pelas asiáticas e sul-americanas. O que até há poucos anos parecia uma utopia está, na realidade, muito próximo de acontecer. Daqui por 40 ou 50 anos certamente já não seremos a segunda maior economia global.

Os nossos líderes que se ponham finos.

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