quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Submarinos


Cito o texto escrito no Expresso:


O contrato entre o Estado e a empresa alemã Ferrostaal sobre as contrapartidas pela venda a Portugal de dois submarinos foi ontem roubado, segundo revela hoje o "Correio da Manhã".

Os documentos foram roubados do carro quando Christoph Mollenbeck, representante da Ferrostaal, jantava com um amigo em Lisboa, perto da Cinemateca.

Segundo o mesmo diário, o Audi A6 foi "cirurgicamente assaltado" e não tinha quaisquer "sinais de arrombamento". Só quando Mollenbeck e o amigo e compatriota Kai Jusec chegaram a casa é que deram pela falta da pasta e do portátil.

Às autoridades, Christoph Mollenbeck disse que as contrapartidas foram ontem renegociadas entre a empresa e o Estado. Do carro também desapareceu o memorando de entendimento entre a Ferrostaal e o Laboratório de Tecnologias de Informação.

O caso está a ser investigado pelo DIAP de Lisboa, liderado por Maria José Morgado.


Mas que grande azar tiveram os senhores em serem roubados. Quer dizer, até tiveram sorte que eram ladrões instruídos e que preferem roubar papel em vez de um Audi A6...
Algumas perguntas que ficam no ar:

  1. O que andavam estes senhores a passear os documentos de carro?
  2. Estão a querer dizer-me que roubaram as únicas cópias do contrato?
  3. Não havia mais nada a roubar do carro, como por exemplo, sei lá, o próprio Audi A6?
Vou fazer uso do discurso do Paulo Portas que, por coincidência, é um dos principais suspeitos desta história:

Se me perguntam se houve corrupção? Claro que sim.
Se me perguntam se vai haver algum condenado? Claro que não.
Se gosto de ouvir desculpas da treta como esta? Epá, não me lixem.

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