sábado, 29 de setembro de 2012

Transatlantic Trends 2012 Partners

Na semana passada saiu o relatório "Transatlantic Trends 2012 Partners" que consiste num estudo sobre a opinião pública em várias matérias. Podem consultar mais estatísticas no link acima, mas deixo aqui alguns dos gráficos mais interessantes.

O gráfico 7 mostra a percepção das pessoas sobre o impacto que a crise está a ter nas suas vidas. Portugal aparece em segundo lugar, como um dos países que mais tem sofrido com a crise (tanto em termos absolutos como em relação a 2011).

O gráfico 8 indica a aprovação do povo sobre a maneira como a economia está a ser gerida no seu país. Os espanhóis são os que têm a pior opinião e isso tem-se reflectido nos cerca de 20 p.p. que Mariano Rajoy perdeu nas últimas sondagens. Portugal aparece em 5º lugar.

O gráfico 9 traduz a opinião de que o seu país tem um sistema económico justo e equilibrado para todos. Como é hábito em indicadores positivos, Portugal situa-se nos últimos lugares, apenas ultrapassado pela Itália, Bulgária e Eslováquia.

O gráfico 10 apresenta uma estatística sobre o que as pessoas consideram ser o caminho em relação à despesa pública:
  1. Diminuir a despesa
  2. Manter o nível de despesa actual
  3. Aumentar a despesa
Portugal é esmagadoramente a favor da redução da despesa pública e por isso surge em primeiro lugar. É interessante analisar este indicador no caso da Alemanha. Mesmo tendo sucessivos superavits orçamentais e da balança comercial ao longo dos anos, a opinião pública considera que se deve baixar a despesa. Parece que o rigor faz mesmo parte da cultura desta gente...


Um indicador que eu andava à procura desde há uns tempos para cá está ilustrado no gráfico 13: sair ou não sair da zona euro. De repente parece que estamos todos de acordo que o euro foi uma má invenção. Os países sob intervenção financeira têm mais razões para ter esta opinião do que aqueles que têm pago juros negativos nas obrigações que emitem. Julgo que ainda iremos todos continuar neste casamento por mais uns tempos, mas com ainda mais violência doméstica.

Um último gráfico que achei curioso foi a opinião dos europeus sobre os candidatos americanos à presidência. Parece que por aqui ninguém gosta de republicanos ricos e idiotas.


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