Os nossos brilhantes líderes europeus voltaram a mostrar aquilo que valem: nada. Não há consenso sobre o orçamento plurianual 2014-2020, sendo certo que irá haver uma redução muito significativa em relação ao que havia até agora.
A Europa não estava tão partida desde há mais de 30 anos e a coisa não parece melhorar. A abundância de dinheiro fez com que a Europa tivesse unida até agora, mas a falta dele está a mostrar o carácter de cada um. Nenhum país quer genuinamente ajudar os restantes, sendo tudo feito para benefício próprio. O Reino Unido pretende reduzir o orçamento em 200 mil milhões, tem sido irredutível na sua posição e parece estar a fazer tudo para o convidarem a sair da União Europeia.
Quando me perguntam como é que vejo a Europa daqui por 20 anos fico com muitas dúvidas, o que é mau. É sinal que começamos a não ter qualquer fé ou esperança no rumo que está a ser seguido. Com a continuação da doutrina da austeridade vislumbro tempos ainda mais difíceis do que os actuais.
Há pessoas que não sabem ou se esquecem que a ascensão do Hitler resultou de um período de muita turbulência financeira na Alemanha. Aliás, na Roma antiga criou-se a política do Pão e Circo, em que se dava comida e diversão aos cidadãos para que estes não se revoltassem contra os seus governantes. Penso que já estivemos mais longe disso.
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