quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Justiça: quem pode, pode

O que eu me ri com a história inventada pelo Duarte Lima na sua defesa do caso da Rosalina Ribeiro.

"A testemunha, que foi ouvida hoje no II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, afirmou ter estado com o advogado e ex-deputado português por cerca de 25 minutos – entre as 22h00 e as 22h25 locais – do dia 7 de Dezembro de 2009, num pequeno restaurante localizado na praça central do município de Maricá."

Jantou em 25 minutos apenas? Lembrava-se com tanta precisão da hora do jantar desse dia?

"A testemunha disse ter a certeza da hora em que parou no restaurante, 21h45, porque a mãe é hipertensa e tem de tomar remédio a uma hora exacta, o que coincidiu."

Yeah, right...

"O horário que a testemunha diz ter estado com Duarte Lima é próximo do que a polícia brasileira estima que tenha ocorrido o assassinato de Rosalina Ribeiro."

Que coincidência fantástica! A natureza é mesmo demais.

"A testemunha disse ainda que nunca tinha visto Duarte Lima e que se conheceram por acaso, uma vez que ele se sentou na mesma mesa que ela, depois de um empregado ter perguntado se ela não se importaria de dividir a mesa, perante da falta de lugares no estabelecimento."

Que conveniente não haverem lugares naquele dia...

"No rápido encontro ambos terão trocado contactos - Duarte Lima deixou seu cartão, enquanto Rosângela escreveu o número de telefone num guardanapo -, motivo pelo qual terá sido possível encontrar a testemunha."

Ainda bem que a prova está presente nesse objecto não adulterável que é um guardanapo. Além disso, eu troco constantemente contactos com todos os estranhos que se sentam na minha mesa por 25 minutos e guardo os guardanapos durante vários anos, não vá querer contactar a pessoa novamente.

Sr Duarte Lima, quando eu precisar de uma história para animar a malta eu mando-lhe um email!

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