Saiu mais uma notícia, avançada pelo Jornal de Negócios, que, quer se queira ou não, relança o debate interminável sobre trabalhar no sector público ou no privado.
Desta vez trata-se de uma estatística sobre quantas pessoas vão ser afectadas pela taxa de solidariedade, sendo que se aplica a pensões acima dos 1350€ brutos. Não há como negar que os pensionistas do estado são claramente pessoas privilegiadas, dado que 43% vão ser afectados, enquanto que no privado são apenas 3%.
Há muitos argumentos para rebater esta tendência, sendo que o mais ouvido é o facto de o sector público ter nos seus quadros os médicos, juízes, professores, etc, enquanto que no privado as profissões não são tão qualificadas. E até têm razão. O argumento que eu não suporto ouvir é que "no privado ninguém paga os impostos que deve e depois querem ter direito às mesmas pensões que os funcionários públicos". Poupem-me! Esta até pode ser uma realidade em certas empresas, mas se formos por aí também posso argumentar que no sector público todas as horas extraordinárias são devidamente pagas.
O que determina, no meu entender, qual dos dois sectores é mais favorável aos trabalhadores é fazer uma sondagem com a seguinte pergunta:
"Se lhe fosse oferecido o mesmo trabalho, no público e privado, com exactamente as mesmas condições (salário, local de trabalho, etc), qual delas escolhia?"
Pois eu aposto que a grande maioria escolheria o sector público. E digo mais: só não seria muito perto de 100% porque este Governo tem andado a cortar severamente.
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