Este foi um dos bancos resgatados na Irlanda. A notícia que comento hoje aqui dá-me vómitos e representa bem a banca tal como ela é hoje. O jornal Independent revelou algumas gravações de telefonemas entre banqueiros do Anglo Irish Bank, onde se brinca e goza com o dinheiro dos contribuintes para salvar o seu banco.
Falam que vão pedir ao governo um número mais ou menos aleatório de euros - 7 mil milhões - sabendo que vão precisar de muito mais. Mais à frente pediriam discretamente o resto, para que os contribuintes irlandeses não se apercebessem do montante total da factura. Recordo que a ajuda até à data a este banco já vai em 30 mil milhões de euros.
Falam que os contribuintes nunca vão voltar a ver o seu dinheiro de volta (o do bail-out) e se querem ver os seus depósitos protegidos, devem continuar a sustentar o banco.
As gravações têm provocado onde de contestação e de nojo absoluto por estes banqueiros, mas receio que por lá a justiça funcione da mesma maneira que a portuguesa. É incrível ouvir estas gravações e aceitar todas as baboseiras que os políticos lhes andaram a dizer (vivemos acima das possibilidades, etc).
Estamos entregues ao bichos e estes são bichos bastantes maus...
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Evolução do PIB mundial
No gráfico dá para observar a evolução do PIB mundial e a contribuição dos vários grupos de países. Neste momento, os países desenvolvidos estão praticamente estagnados, tendo contribuído negativamente durante o crash financeiro de 2008.
Os países em desenvolvimento têm sustentado o crescimento mundial, mas já se começam a ressentir da estagnação dos restantes. A este ritmo iremos voltar um dos raríssimos momentos de crescimento negativo mundial. Se esse momento for prolongado, vamos seguramente ter sarilhos.
Os países em desenvolvimento têm sustentado o crescimento mundial, mas já se começam a ressentir da estagnação dos restantes. A este ritmo iremos voltar um dos raríssimos momentos de crescimento negativo mundial. Se esse momento for prolongado, vamos seguramente ter sarilhos.
"Número de milionários cresceu apesar da crise"
Este é um título que encontrei no Económico e que me deixou perturbado. A meu ver o título está errado e devia antes ser: "Número de milionários cresce graças à crise".
Não tenhamos dúvidas que a crise que vivemos actualmente é uma crise social de classes. Não é tanto a direita contra a esquerda, os brancos contra os pretos, os cristãos contras os muçulmanos. Isso é coisa do passado. A nova guerra mundial é a que vivemos actualmente: dos ricos contra os pobres. Já aqui fiz posts que demonstram que a riqueza tem vindo a ser cada vez mais transferida dos mais pobres para os mais ricos e esta notícia só vem reforçar essa ideia.
Desde sempre que os poderosos vivem à grande e à francesa sem prestar contas pelas falcatruas que fazem. No entanto, nas últimas décadas o mundo civilizado tem vindo a construir uma classe média que é demasiado atrevida por começar a questionar o que esta gente anda a fazer. É por isso que é conveniente destruir a classe média e voltarmos a ser todos ignorantes sem qualquer escolaridade. No Brasil, já começa a dar frutos e espero que o mesmo ocorra pelo mundo inteiro para o bem de 90% da população.
sábado, 22 de junho de 2013
Os ricos continuam ricos
O gráfico abaixo mostra onde vivem as pessoas mais ricas do mundo e devo dizer que não fiquei surpreendido com os resultados. Eram de facto as minhas primeiras apostas.
A coluna da direita é que me faz reflectir. Se há cada vez mais ricos nestes países é porque há quem esteja a perder dinheiro. Mais uma vez assiste-se à contínua transferência de riqueza para o top 1%.
A coluna da direita é que me faz reflectir. Se há cada vez mais ricos nestes países é porque há quem esteja a perder dinheiro. Mais uma vez assiste-se à contínua transferência de riqueza para o top 1%.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A influência dos sindicatos
Nunca fiz greve na vida e não pretendo fazer nos próximos tempos, mas hoje dei de caras com este interessante gráfico. Nele correlaciona-se a força dos sindicatos com a distribuição de riqueza pelos trabalhadores.
É interessante verificar que o número de trabalhadores sindicalizados tem vindo a diminuir e a diferença de rendimentos a aumentar. Não é fácil explicar o declínio dos sindicatos, mas o que é certo é que a juventude não tem uma boa imagem deles. Por outro lado parece haver uma maior prosperidade quando os sindicatos são mais fortes.
É interessante verificar que o número de trabalhadores sindicalizados tem vindo a diminuir e a diferença de rendimentos a aumentar. Não é fácil explicar o declínio dos sindicatos, mas o que é certo é que a juventude não tem uma boa imagem deles. Por outro lado parece haver uma maior prosperidade quando os sindicatos são mais fortes.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Salários de CEOs VS Salários de colaboradores
O gráfico abaixo mostra um indicador interessante, que mostra muito sobre o estado de desenvolvimento de cada país. Trata-se do número de dias que um trabalhador de uma empresa precisa de trabalhar para ganhar o mesmo que uma hora de trabalho do seu CEO.
Há uma relação quase directa, em que quanto maior a diferença de salário mais atrasado está o país. Portugal surge numa má posição, em que um trabalhador médio precisa de trabalhar 7 dias para ganhar o mesmo que 1 hora do seu CEO.
Chama-se a isto capitalismo...
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Europa: desemprego jovem
Alguém acha sinceramente que isto não é um dos maiores problemas de curto e médio prazo?
Menosprezar este problema é convidar grandes convulsões sociais ou até mesmo revoluções.
Menosprezar este problema é convidar grandes convulsões sociais ou até mesmo revoluções.
sábado, 1 de junho de 2013
Orçamento rectificativo - aumento do benefício fiscal por pedir factura
Esta semana surgiu a notícia do aumento do benefício fiscal atribuído às facturas da restauração e hotelaria, cabeleireiros e reparação automóvel. Desde o início de 2013 que o benefício era de 5% do IVA cobrado em todas as facturas destes sectores, tendo agora passado para 15%.
Eu concordo com esta medida (aliás, já concordava enquanto eram só 5%) e não me junto ao coro de pessoas de que o Governo nos está a tornar fiscalizadores. Há cada vez mais fuga de impostos e por causa disso acabamos todos por ter de pagar a factura mais à frente. Se há coisa que esta medida fez foi despertar o dever de cidadania, em que devemos exigir uns aos outros a cumprimentos das regras. Por outro lado, falta o Governo dar o sinal de estar disposto a baixar as taxas, se as receitas de impostos aumentarem. É aqui que tenho as maiores dúvidas.
Esta reacção do Governo no orçamento rectificativo pode significar duas coisas:
Eu concordo com esta medida (aliás, já concordava enquanto eram só 5%) e não me junto ao coro de pessoas de que o Governo nos está a tornar fiscalizadores. Há cada vez mais fuga de impostos e por causa disso acabamos todos por ter de pagar a factura mais à frente. Se há coisa que esta medida fez foi despertar o dever de cidadania, em que devemos exigir uns aos outros a cumprimentos das regras. Por outro lado, falta o Governo dar o sinal de estar disposto a baixar as taxas, se as receitas de impostos aumentarem. É aqui que tenho as maiores dúvidas.
Esta reacção do Governo no orçamento rectificativo pode significar duas coisas:
- A medida está a correr lindamente e querem impulsioná-la ainda mais.
- A medida está a ser um desastre e querem contrariar esta tendência.
A meu ver deviam alargar este benefício a mais sectores de serviços, mantendo na mesma o tecto de 250€. Desta forma seria realmente possível alcançá-lo, ao mesmo tempo que mais sectores se começam a portar bem.
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