Aqui encontram uma infografia sobre a dívida de alguns países europeus. Vale a pena ver.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
Autárquicas 2013
O Jornal Público publicou um quadro interactivo para as autárquicas 2013 muito interessante, que mostra todos os candidatos, assim como indicadores económicos de cada município.
É possível também observar quais os autarcas actuais e a que partido pertencem. Entre os indicadores económicos, destacam-se o desemprego, percentagem de licenciados e percentagem de beneficiários do RSI.
É possível também observar quais os autarcas actuais e a que partido pertencem. Entre os indicadores económicos, destacam-se o desemprego, percentagem de licenciados e percentagem de beneficiários do RSI.
sábado, 3 de agosto de 2013
Petróleo
É interessante verificar a relação entre a produção de petróleo e os seus preços. É também de notar a crescente dependência do petróleo do mundo de hoje: produzimos mais do que nunca e com tendência para aumentar.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Baixar o IRC
Concordo com a descida do IRC, mas concordo mais com uma descida generalizada dos impostos, mesmo que mais suave. A proposta que está em cima da mesa é reduzir a taxa do actual máximo de 31,5% para 19% até 2018.
À semelhança da medida da TSU em Setembro do ano passado, esta é também uma medida muito marcada ideologicamente. Uma vez mais o argumento é o de que se fizermos a vida fácil às empresas (e terrível aos trabalhadores), estas vão criar mais emprego. Até pode ter alguma ponta de verdade, mas o certo é que eu posso fazer uma proposta igualmente criadora de emprego: baixar o IRS para que a população tenha dinheiro para comprar mais produtos, que por sua vez precisam de mais trabalhadores para os produzir.
Normalmente há alternativas como a que descrevi acima e é aqui que se vê a ideologia de cada governo. Para desgraça da maioria dos portugueses, as elites que nos governam (troika incluída) são claramente viradas à direita. Talvez as mais à direita que Portugal e a Europa tiveram desde que há democracia, o que é desesperante.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Novos ministros, mesma política
A imprensa portuguesa não tem emenda. Passam os dias a dar perspectivas ultra negativas sobre o rumo económico e político do país, mas quando chega uma remodelação tudo muda. Os telejornais e comentadores esgotam-se em elogios aos novos elementos, dizendo que eram contra a austeridade, que queriam baixar impostos à classe média e por aí fora. É sempre tudo muito bonito quando eles entram, mas o pior é o que eles fazem quando estão no governo.
Rui Machete é um ex-funcionário da SLN e portanto está ligado ao caso BPN. Não espero nada de bom de um indivíduo como este.
Pires de Lima é um político nato. Diz que quer baixar o IRS, o IRC, aumentar o salário mínimo e mais não sei o quê. Sendo político do CDS, tudo o que ele diz agora é "irrevogável"...
Jorge Moreira da Silva é um jotinha e portanto tudo o que posso esperar dele é zero.
Note-se que o CDS é agora detentor das principais pastas do Governo, com excepção das Finanças. Não há possibilidade de jogar ao polícia bom/polícia mau depois disto. Toda a desgraça que vai acontecer será também culpa do CDS (já era até aqui...). Além disso é um partido com 11% ou 12% dos votos que vai representar Portugal. A nossa democracia está uma maravilha!
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Economia paralela na Europa
sábado, 20 de julho de 2013
Empatia por outros países europeus
A imagem abaixo representa uma sondagem feita no Reddit, pelo que pode não ter colagem nenhuma à realidade. No entanto, não deixa de ser interessante o resultado.
sábado, 13 de julho de 2013
Subsídio para cortar o cabelo
Esta semana ficamos a saber que os sindicatos da Carris tentaram negociar um subsídio para cortar o cabelo no valor de 12€ por mês. Esta atitude não cai nada bem num momento como este e só descredibiliza o sindicalismo. É este extremismo que pode colocar a opinião pública contra os sindicatos e o governo aproveitar esse facto para cortar direitos, esses sim, legítimos.
Este subsídio é tão absurdo que até há casos práticos por discutir:
Este subsídio é tão absurdo que até há casos práticos por discutir:
- Um motorista careca deve ou não receber este subsídio?
- Uma senhora gasta bem mais do que 12€/mês no cabeleireiro. Não é injusto em relação aos homens?
- Vão distribuir o dinheiro num cartão estilo "A la card" para que os motoristas só o possam utilizar nos barbeiros?
Tirassem estes fanatismos dos sindicatos e provavelmente teriam mais sócios, ao contrário do que acontece actualmente.
Variação da percepção da corrupção
Podemos estar descansados: Portugal não é o único país corrupto...
Com este gráfico assustador arrisco dizer que a "economia" da corrupção movimenta mais dinheiro que a economia normal.
Com este gráfico assustador arrisco dizer que a "economia" da corrupção movimenta mais dinheiro que a economia normal.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
SWAPS em detalhe
Por esta altura a maioria das pessoas já deve saber o que significam os SWAPS, mas não há uma visão detalhada sobre cada contrato. Pois houve alguém que resolveu compilar a informação que tem sido apresentada pela investigação da imprensa, nomeadamente do Expresso.
Neste documento, que é colaborativo, conseguimos perceber que empresas fizeram contratos deste tipo, quais os mais tóxicos e os mais lucrativos, quais os bancos envolvidos, quem foram as pessoas que os assinaram e a sua ligação aos partidos políticos.
Só os metros do Porto e Lisboa combinados representam cerca de 80% de todo o prejuízo com este tipo de contratos. É francamente muito e espero que existam consequências severas para os que estiveram envolvidos nisto (embora não tenha muita esperança).
Neste documento, que é colaborativo, conseguimos perceber que empresas fizeram contratos deste tipo, quais os mais tóxicos e os mais lucrativos, quais os bancos envolvidos, quem foram as pessoas que os assinaram e a sua ligação aos partidos políticos.
Só os metros do Porto e Lisboa combinados representam cerca de 80% de todo o prejuízo com este tipo de contratos. É francamente muito e espero que existam consequências severas para os que estiveram envolvidos nisto (embora não tenha muita esperança).
quinta-feira, 4 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
Segundo resgate?
Ainda nem tinha tido oportunidade de falar sobre a demissão de Vítor Gaspar e agora demite-se Paulo Portas. O primeiro saiu zangado com o segundo e o segundo saiu zangado por ser substituído por outro igual ao primeiro. Espero terminar este post antes que mais alguém se demita.
Politicamente, Paulo Portas saiu na altura ideal com a desculpa ideal. Qualquer um compreende as suas motivações e por isso acabará por sair pela porta da frente, mesmo participando em todas as más medidas deste governo.
É de realçar que este é um governo que tinha uma maioria parlamentar, um presidente da república que o apoiava e uma troika que fazia pressão para se manter unido. Nem assim! As demissões ocorrem por razões estritamente políticas (Gaspar não estava a conseguir levar avante o seu plano e Portas estava a ficar cada vez pior na fotografia) e por isso não creio que as greves ou os sindicatos terão influenciado muito estas decisões.
Pedro Passos Coelho "vai falar ao país" às 20h, sendo que quando ouço esta expressão é sempre para dar péssimas notícias. Creio que há uma forte possibilidade de precipitar eleições antecipadas, o que nos deixará muitíssimo perto do segundo resgate. Para os líderes europeus isto é uma bofetada na cara, mas para os portugueses vai ser um novo período de terror social.
A ver vamos onde vai parar este país e esta Europa...
Politicamente, Paulo Portas saiu na altura ideal com a desculpa ideal. Qualquer um compreende as suas motivações e por isso acabará por sair pela porta da frente, mesmo participando em todas as más medidas deste governo.
É de realçar que este é um governo que tinha uma maioria parlamentar, um presidente da república que o apoiava e uma troika que fazia pressão para se manter unido. Nem assim! As demissões ocorrem por razões estritamente políticas (Gaspar não estava a conseguir levar avante o seu plano e Portas estava a ficar cada vez pior na fotografia) e por isso não creio que as greves ou os sindicatos terão influenciado muito estas decisões.
Pedro Passos Coelho "vai falar ao país" às 20h, sendo que quando ouço esta expressão é sempre para dar péssimas notícias. Creio que há uma forte possibilidade de precipitar eleições antecipadas, o que nos deixará muitíssimo perto do segundo resgate. Para os líderes europeus isto é uma bofetada na cara, mas para os portugueses vai ser um novo período de terror social.
A ver vamos onde vai parar este país e esta Europa...
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Anglo Irish Bank
Este foi um dos bancos resgatados na Irlanda. A notícia que comento hoje aqui dá-me vómitos e representa bem a banca tal como ela é hoje. O jornal Independent revelou algumas gravações de telefonemas entre banqueiros do Anglo Irish Bank, onde se brinca e goza com o dinheiro dos contribuintes para salvar o seu banco.
Falam que vão pedir ao governo um número mais ou menos aleatório de euros - 7 mil milhões - sabendo que vão precisar de muito mais. Mais à frente pediriam discretamente o resto, para que os contribuintes irlandeses não se apercebessem do montante total da factura. Recordo que a ajuda até à data a este banco já vai em 30 mil milhões de euros.
Falam que os contribuintes nunca vão voltar a ver o seu dinheiro de volta (o do bail-out) e se querem ver os seus depósitos protegidos, devem continuar a sustentar o banco.
As gravações têm provocado onde de contestação e de nojo absoluto por estes banqueiros, mas receio que por lá a justiça funcione da mesma maneira que a portuguesa. É incrível ouvir estas gravações e aceitar todas as baboseiras que os políticos lhes andaram a dizer (vivemos acima das possibilidades, etc).
Estamos entregues ao bichos e estes são bichos bastantes maus...
Falam que vão pedir ao governo um número mais ou menos aleatório de euros - 7 mil milhões - sabendo que vão precisar de muito mais. Mais à frente pediriam discretamente o resto, para que os contribuintes irlandeses não se apercebessem do montante total da factura. Recordo que a ajuda até à data a este banco já vai em 30 mil milhões de euros.
Falam que os contribuintes nunca vão voltar a ver o seu dinheiro de volta (o do bail-out) e se querem ver os seus depósitos protegidos, devem continuar a sustentar o banco.
As gravações têm provocado onde de contestação e de nojo absoluto por estes banqueiros, mas receio que por lá a justiça funcione da mesma maneira que a portuguesa. É incrível ouvir estas gravações e aceitar todas as baboseiras que os políticos lhes andaram a dizer (vivemos acima das possibilidades, etc).
Estamos entregues ao bichos e estes são bichos bastantes maus...
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Evolução do PIB mundial
No gráfico dá para observar a evolução do PIB mundial e a contribuição dos vários grupos de países. Neste momento, os países desenvolvidos estão praticamente estagnados, tendo contribuído negativamente durante o crash financeiro de 2008.
Os países em desenvolvimento têm sustentado o crescimento mundial, mas já se começam a ressentir da estagnação dos restantes. A este ritmo iremos voltar um dos raríssimos momentos de crescimento negativo mundial. Se esse momento for prolongado, vamos seguramente ter sarilhos.
Os países em desenvolvimento têm sustentado o crescimento mundial, mas já se começam a ressentir da estagnação dos restantes. A este ritmo iremos voltar um dos raríssimos momentos de crescimento negativo mundial. Se esse momento for prolongado, vamos seguramente ter sarilhos.
"Número de milionários cresceu apesar da crise"
Este é um título que encontrei no Económico e que me deixou perturbado. A meu ver o título está errado e devia antes ser: "Número de milionários cresce graças à crise".
Não tenhamos dúvidas que a crise que vivemos actualmente é uma crise social de classes. Não é tanto a direita contra a esquerda, os brancos contra os pretos, os cristãos contras os muçulmanos. Isso é coisa do passado. A nova guerra mundial é a que vivemos actualmente: dos ricos contra os pobres. Já aqui fiz posts que demonstram que a riqueza tem vindo a ser cada vez mais transferida dos mais pobres para os mais ricos e esta notícia só vem reforçar essa ideia.
Desde sempre que os poderosos vivem à grande e à francesa sem prestar contas pelas falcatruas que fazem. No entanto, nas últimas décadas o mundo civilizado tem vindo a construir uma classe média que é demasiado atrevida por começar a questionar o que esta gente anda a fazer. É por isso que é conveniente destruir a classe média e voltarmos a ser todos ignorantes sem qualquer escolaridade. No Brasil, já começa a dar frutos e espero que o mesmo ocorra pelo mundo inteiro para o bem de 90% da população.
sábado, 22 de junho de 2013
Os ricos continuam ricos
O gráfico abaixo mostra onde vivem as pessoas mais ricas do mundo e devo dizer que não fiquei surpreendido com os resultados. Eram de facto as minhas primeiras apostas.
A coluna da direita é que me faz reflectir. Se há cada vez mais ricos nestes países é porque há quem esteja a perder dinheiro. Mais uma vez assiste-se à contínua transferência de riqueza para o top 1%.
A coluna da direita é que me faz reflectir. Se há cada vez mais ricos nestes países é porque há quem esteja a perder dinheiro. Mais uma vez assiste-se à contínua transferência de riqueza para o top 1%.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A influência dos sindicatos
Nunca fiz greve na vida e não pretendo fazer nos próximos tempos, mas hoje dei de caras com este interessante gráfico. Nele correlaciona-se a força dos sindicatos com a distribuição de riqueza pelos trabalhadores.
É interessante verificar que o número de trabalhadores sindicalizados tem vindo a diminuir e a diferença de rendimentos a aumentar. Não é fácil explicar o declínio dos sindicatos, mas o que é certo é que a juventude não tem uma boa imagem deles. Por outro lado parece haver uma maior prosperidade quando os sindicatos são mais fortes.
É interessante verificar que o número de trabalhadores sindicalizados tem vindo a diminuir e a diferença de rendimentos a aumentar. Não é fácil explicar o declínio dos sindicatos, mas o que é certo é que a juventude não tem uma boa imagem deles. Por outro lado parece haver uma maior prosperidade quando os sindicatos são mais fortes.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Salários de CEOs VS Salários de colaboradores
O gráfico abaixo mostra um indicador interessante, que mostra muito sobre o estado de desenvolvimento de cada país. Trata-se do número de dias que um trabalhador de uma empresa precisa de trabalhar para ganhar o mesmo que uma hora de trabalho do seu CEO.
Há uma relação quase directa, em que quanto maior a diferença de salário mais atrasado está o país. Portugal surge numa má posição, em que um trabalhador médio precisa de trabalhar 7 dias para ganhar o mesmo que 1 hora do seu CEO.
Chama-se a isto capitalismo...
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Europa: desemprego jovem
Alguém acha sinceramente que isto não é um dos maiores problemas de curto e médio prazo?
Menosprezar este problema é convidar grandes convulsões sociais ou até mesmo revoluções.
Menosprezar este problema é convidar grandes convulsões sociais ou até mesmo revoluções.
sábado, 1 de junho de 2013
Orçamento rectificativo - aumento do benefício fiscal por pedir factura
Esta semana surgiu a notícia do aumento do benefício fiscal atribuído às facturas da restauração e hotelaria, cabeleireiros e reparação automóvel. Desde o início de 2013 que o benefício era de 5% do IVA cobrado em todas as facturas destes sectores, tendo agora passado para 15%.
Eu concordo com esta medida (aliás, já concordava enquanto eram só 5%) e não me junto ao coro de pessoas de que o Governo nos está a tornar fiscalizadores. Há cada vez mais fuga de impostos e por causa disso acabamos todos por ter de pagar a factura mais à frente. Se há coisa que esta medida fez foi despertar o dever de cidadania, em que devemos exigir uns aos outros a cumprimentos das regras. Por outro lado, falta o Governo dar o sinal de estar disposto a baixar as taxas, se as receitas de impostos aumentarem. É aqui que tenho as maiores dúvidas.
Esta reacção do Governo no orçamento rectificativo pode significar duas coisas:
Eu concordo com esta medida (aliás, já concordava enquanto eram só 5%) e não me junto ao coro de pessoas de que o Governo nos está a tornar fiscalizadores. Há cada vez mais fuga de impostos e por causa disso acabamos todos por ter de pagar a factura mais à frente. Se há coisa que esta medida fez foi despertar o dever de cidadania, em que devemos exigir uns aos outros a cumprimentos das regras. Por outro lado, falta o Governo dar o sinal de estar disposto a baixar as taxas, se as receitas de impostos aumentarem. É aqui que tenho as maiores dúvidas.
Esta reacção do Governo no orçamento rectificativo pode significar duas coisas:
- A medida está a correr lindamente e querem impulsioná-la ainda mais.
- A medida está a ser um desastre e querem contrariar esta tendência.
A meu ver deviam alargar este benefício a mais sectores de serviços, mantendo na mesma o tecto de 250€. Desta forma seria realmente possível alcançá-lo, ao mesmo tempo que mais sectores se começam a portar bem.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Estatística: Desigualdade de rendimento por país
Abaixo mostro um gráfico que ilustra as desigualdades de rendimento por país. Quanto mais próximo de zero, mais igualdade existe. Portugal é dos países da Europa que mais desigualdade apresenta, o que não contribui nada para a coesão da sociedade.
Tenho a ideia que cada vez a desigualdade aumenta, por isso vou gostar o mesmo gráfico no futuro, sobre os anos que agora se seguem.
Tenho a ideia que cada vez a desigualdade aumenta, por isso vou gostar o mesmo gráfico no futuro, sobre os anos que agora se seguem.
Estatística: Satisfação da população no mundo
A OCDE publicou um relatório onde se avalia, entre outras coisas, o bem estar das pessoas por país.
Portugal surge como uma das sociedades mais infelizes do estudo, o que coincide com a noção que eu tenho.
Com uma motivação tão em baixo, como é que vamos conseguir dar a volta por cima da crise?
Portugal surge como uma das sociedades mais infelizes do estudo, o que coincide com a noção que eu tenho.
Com uma motivação tão em baixo, como é que vamos conseguir dar a volta por cima da crise?
sábado, 25 de maio de 2013
Baixar salários em Portugal para ganhar competitividade é uma falácia
No estudo "The Tax Burden of Typical Workers in the EU 27" prova-se uma vez mais que Portugal não vai ganhar competitividade nem atrair investimento ao baixar salários.
Para contrariar a lenga-lenga com que os políticos nos bombardeiam todos os dias, o quadro abaixo prova que Portugal é dos melhores países da União Europeia para investir, no que respeita a salários. É certo que salários baixos oferecem uma vantagem competitiva à empresa, mas neste momento já são suficientemente baixos.
Nos dias de hoje há factores muito mais importantes:
Para contrariar a lenga-lenga com que os políticos nos bombardeiam todos os dias, o quadro abaixo prova que Portugal é dos melhores países da União Europeia para investir, no que respeita a salários. É certo que salários baixos oferecem uma vantagem competitiva à empresa, mas neste momento já são suficientemente baixos.
Nos dias de hoje há factores muito mais importantes:
- A qualificação dos recursos humanos é essencial e por isso é que é um crime que se corte cegamente o orçamento para a educação.
- A procura interna determina quase sempre se se vai investir ou não, com excepção para as empresas maioritariamente exportadoras.
- A estabilidade fiscal permite a um investidor saber se o seu plano de negócios é exequível ou não.
- A eficiência e rapidez da justiça oferece segurança a investidor.
- O regime de IRC tem de favorecer empresas criadoras de emprego e de produção de transaccionáveis.
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sábado, 18 de maio de 2013
Europa - Jovens que vivem em casa dos pais
A permanência dos jovens em casa dos pais é um misto de autonomia financeira com cultura e tradição. Nos países do sul é perfeitamente normal que um jovem com 25 anos ainda viva com os pais, enquanto no norte é raríssimo.
Vejam a percentagem por país no gráfico abaixo.
Vejam a percentagem por país no gráfico abaixo.
O caso do Bangladesh
Quando acontece uma desgraça nalgum canto do mundo, ficamos a conhecer os pobres desse país. Sucedeu-se o mesmo no caso do Bangladesh onde morreram cerca de 1100 pessoas após o desabamento do edifício onde trabalhavam. Segundo a notícia, estas pessoas fabricavam roupa por cerca de 29 euros por mês para as principais marcas mundiais.
Até aqui surpreendia-me um pouco que o negócio da roupa permitisse ao senhor Amancio Ortega ser o terceiro homem mais rico do mundo. Se fizermos bem as contas, a venda de uma peça de roupa por 50€ (preços normais em Portugal) cobre o salário completo mensal de um trabalhador e ainda chega para pagar o transporte. Se um empregado produzir 500 peças de roupa por dia, é tudo lucro a partir da primeira.
Agora, são as marcas (H&M, Inditex, C&A, etc) que pretendem financiar o estabelecimento de condições dignas de trabalho nestes países. Financiar?! Isto é duma hipocrisia sem limites! Então eles mandam fabricar toneladas de roupa a troco de meia dúzia de euros e achavam que haviam condições mínimas de segurança e saúde no trabalho? Poupem-me! Querem ficar bem na fotografia, quando são eles os maiores incentivadores de mercados laborais completamente desumanos. Só falta a Apple dizer o mesmo em relação à Foxconn.
Tal como referi no meu post anterior, tem de haver uma evolução muito significativa nestes países para que toda a gente do mundo viva melhor. Caso contrário, o 1% mais rico vai andar constantemente a tentar nivelar os 99% por baixo.
Até aqui surpreendia-me um pouco que o negócio da roupa permitisse ao senhor Amancio Ortega ser o terceiro homem mais rico do mundo. Se fizermos bem as contas, a venda de uma peça de roupa por 50€ (preços normais em Portugal) cobre o salário completo mensal de um trabalhador e ainda chega para pagar o transporte. Se um empregado produzir 500 peças de roupa por dia, é tudo lucro a partir da primeira.
Agora, são as marcas (H&M, Inditex, C&A, etc) que pretendem financiar o estabelecimento de condições dignas de trabalho nestes países. Financiar?! Isto é duma hipocrisia sem limites! Então eles mandam fabricar toneladas de roupa a troco de meia dúzia de euros e achavam que haviam condições mínimas de segurança e saúde no trabalho? Poupem-me! Querem ficar bem na fotografia, quando são eles os maiores incentivadores de mercados laborais completamente desumanos. Só falta a Apple dizer o mesmo em relação à Foxconn.
Tal como referi no meu post anterior, tem de haver uma evolução muito significativa nestes países para que toda a gente do mundo viva melhor. Caso contrário, o 1% mais rico vai andar constantemente a tentar nivelar os 99% por baixo.
sábado, 11 de maio de 2013
Crescimento do PIB no mundo
Segundo este artigo as previsões de crescimento para o mundo são as do gráfico abaixo. A Europa deve estar super orgulhosa neste momento, pois é que contribui com mais países em recessão. Aliás, tem quase o exclusivo!
Como é de esperar, são os países menos desenvolvidos que mais vão crescer. Na minha opinião, esta deslocalização do crescimento advém da globalização da economia e entrada de mais países na Organização Mundial do Comércio. De um momento para o outro, os países que eram desenvolvidos descobriram que podem afinal baixar brutalmente os custos da sua produção se a deslocalizarem para países onde há pessoas a ganhar 30€/mês. Com isto, têm provocado um desemprego galopante no ocidente, mas por outro lado uma taxa altíssima de empregabilidade no oriente. Ora, as pessoas que antigamente compravam os produtos - os do ocidente - deixaram de o poder fazer, mas o grande problema é que as economias que agora estão a crescer imenso não nos estão a comprar na mesma proporção.
Enquanto houverem países cuja mão-de-obra é praticamente escrava, o modelo actual da economia levará inevitavelmente à nivelação por baixo. Seria óptimo que a China, a Índia e o Bangladesh subissem os salários dos trabalhadores na proporção do seu crescimento, pois permitiria aos europeus e americanos escoar muito mais produção do que actualmente. As trocas comerciais seriam, neste cenário, muito vantajosas para as duas partes e viveríamos todos um pouco melhor. O que tem acontecido é um aumento de multi-milionários nestes países do oriente que, naturalmente, não estão a distribuir os proveitos com mais justiça.
Como é de esperar, são os países menos desenvolvidos que mais vão crescer. Na minha opinião, esta deslocalização do crescimento advém da globalização da economia e entrada de mais países na Organização Mundial do Comércio. De um momento para o outro, os países que eram desenvolvidos descobriram que podem afinal baixar brutalmente os custos da sua produção se a deslocalizarem para países onde há pessoas a ganhar 30€/mês. Com isto, têm provocado um desemprego galopante no ocidente, mas por outro lado uma taxa altíssima de empregabilidade no oriente. Ora, as pessoas que antigamente compravam os produtos - os do ocidente - deixaram de o poder fazer, mas o grande problema é que as economias que agora estão a crescer imenso não nos estão a comprar na mesma proporção.
Enquanto houverem países cuja mão-de-obra é praticamente escrava, o modelo actual da economia levará inevitavelmente à nivelação por baixo. Seria óptimo que a China, a Índia e o Bangladesh subissem os salários dos trabalhadores na proporção do seu crescimento, pois permitiria aos europeus e americanos escoar muito mais produção do que actualmente. As trocas comerciais seriam, neste cenário, muito vantajosas para as duas partes e viveríamos todos um pouco melhor. O que tem acontecido é um aumento de multi-milionários nestes países do oriente que, naturalmente, não estão a distribuir os proveitos com mais justiça.
Preços da electricidade na Europa
O Economist publicou um artigo que contém o gráfico abaixo e que diz respeito aos preços praticados em vários países da Europa. Portugal, como país próspero que é, tem preços acima da média europeia. Não sei que mais argumentos são precisos para constatarmos que estamos a ser extorquidos.
A energia está presente em praticamente todos os sectores, sendo ela electricidade, gás ou gasóleo. O preço da energia é portanto determinante para a competitividade da economia e no nosso caso é bastante desfavorável. Empresas com necessidades elevadas de electricidade não virão com certeza investir em Portugal. Por mais barata que a mão-de-obra seja, o custo da energia é demasiado elevado para se conseguir compensar.
O nosso governo tem andado preocupado em baixar salários, em vez de reduzir drasticamente todos estes custos de contexto que impedem, estes sim, de Portugal se tornar um país competitivo.
A energia está presente em praticamente todos os sectores, sendo ela electricidade, gás ou gasóleo. O preço da energia é portanto determinante para a competitividade da economia e no nosso caso é bastante desfavorável. Empresas com necessidades elevadas de electricidade não virão com certeza investir em Portugal. Por mais barata que a mão-de-obra seja, o custo da energia é demasiado elevado para se conseguir compensar.
O nosso governo tem andado preocupado em baixar salários, em vez de reduzir drasticamente todos estes custos de contexto que impedem, estes sim, de Portugal se tornar um país competitivo.
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terça-feira, 7 de maio de 2013
Os novos cortes na despesa
O DinheiroVivo fez um excelente infográfico onde descreve em que é que o Estado vai cortar a seguir.
sábado, 4 de maio de 2013
Medidas de austeridade: parte 543
Cada vez que leio que Passos Coelho vai falar ao país em horário nobre, fico arrepiado. Desta vez apresentou um conjunto de medidas que incidem sobretudo sobre os pensionistas e funcionários públicos.
Devo dizer que fiquei positivamente surpreendido com algumas das medidas anunciadas.
Devo dizer que fiquei positivamente surpreendido com algumas das medidas anunciadas.
- O horário de 35 horas semanais era um desigualdade que existia há demasiado tempo, sem qualquer justificação. Concordo em absoluto.
- A mobilidade especial sem limite de tempo era outra parvoíce de todo o tamanho. Pagar uma fracção do ordenado a uma pessoa e não beneficiar dos seus serviços é o equivalente a uma pensão vitalícia. Concordo com o tecto máximo de 18 meses.
- Os regimes de bonificação do tempo de serviço para o acesso à reforma é uma desigualdade gigantesca que existia até agora. Só tenho pena que não tivessem terminado com os privilégios dos juízes do Tribunal Constitucional, que se podem reformar após 12 anos de serviço.
Quanto à taxação das reformas e aumento (virtual) da idade da reforma para os 66 não acho que tivessem sido uma boa medida. Acho que deviam atacar áreas da despesa onde há de facto ineficiência ou desigualdade, tal como as medidas com que concordo acima.
O governo insiste em dizer que "quase 70% da despesa é com o estado social". Eu percebo que seja inevitável cortar alguma coisa aqui, mas gostava que pelo menos referisse o que vai cortar na outra fatia do bolo (os tais 30%). É que nem uma palavra. Todos os dias ouvimos falar de BPNs, PPPs, SWAPs, etc e somos obrigados a assistir a que ninguém faça nada. É revoltante...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Europa a várias velocidades
Há duas semanas atrás o presidente do Banco Central Europeu apresentou aos representantes dos países da moeda única os slides deste link.
Um dos gráficos que me saltou à vista foi o que está abaixo. Representa os spreads praticados pelos bancos de 4 países às PME. Reparamos que os valores da Alemanha e França são substancialmente inferiores ao da Espanha e mesmo da Itália. Aposto que em relação a Portugal seria menos de metade do custo.
Ora, como é possível falar em competitividade se as condições de financiamento são totalmente diferentes? A mesma empresa em países diferentes é obrigada a praticar salários mais baixos ou preços mais altos nos países com maior dificuldade de acesso ao crédito. Com o agudizar da crise, este fosso só vai continuar a aumentar.
Já cheguei a um ponto em que para mim só há duas alternativas claras: uma convergência total das economias europeias ou uma separação definitiva da moeda única. A convergência implica financiamento igual para todas as empresas, regime fiscal semelhante e salários proporcionais. Desta maneira todos os países ganhariam um pouco, ao contrário do que acontece agora, em que uns ganham muito à custa dos outros.
Um dos gráficos que me saltou à vista foi o que está abaixo. Representa os spreads praticados pelos bancos de 4 países às PME. Reparamos que os valores da Alemanha e França são substancialmente inferiores ao da Espanha e mesmo da Itália. Aposto que em relação a Portugal seria menos de metade do custo.
Ora, como é possível falar em competitividade se as condições de financiamento são totalmente diferentes? A mesma empresa em países diferentes é obrigada a praticar salários mais baixos ou preços mais altos nos países com maior dificuldade de acesso ao crédito. Com o agudizar da crise, este fosso só vai continuar a aumentar.
Já cheguei a um ponto em que para mim só há duas alternativas claras: uma convergência total das economias europeias ou uma separação definitiva da moeda única. A convergência implica financiamento igual para todas as empresas, regime fiscal semelhante e salários proporcionais. Desta maneira todos os países ganhariam um pouco, ao contrário do que acontece agora, em que uns ganham muito à custa dos outros.
No half measures!
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Almoços grátis
Milton Friedman foi um economista de renome dos Estados Unidos durante o século XX. Era um defensor do liberalismo económico e no vídeo abaixo podemos ouvir a argumentação que ele tem para que não se taxem as empresas (vulgo IRC).
De facto, ele consegue construir uma lógica bem estruturada e tem razão em vários pontos. Quando se está a taxar uma empresa está-se a taxar automaticamente as pessoas que nela trabalham, assim como os consumidores finais.
A meu ver, faz tudo sentido até ao ponto em que acha que isso é argumento suficiente para acabar com o IRC. Este imposto é, tal como o IRS, um imposto progressivo. Ou seja, retira mais às empresas que ganham mais e não retira nada às que têm prejuízo. Posto isto, dá para perceber que a existência deste imposto confere um certo grau de estabilidade e justiça. É graças a este imposto (não só mas em certa medida) que é possível evitar que empresas gigantes esmaguem empresas mais pequenas com muita facilidade.
Se vai acabar por taxar o trabalhador ou o consumidor final? Sem dúvida. Mais vai taxar alguém com capacidade para o pagar e isso faz toda a diferença.
De facto, ele consegue construir uma lógica bem estruturada e tem razão em vários pontos. Quando se está a taxar uma empresa está-se a taxar automaticamente as pessoas que nela trabalham, assim como os consumidores finais.
A meu ver, faz tudo sentido até ao ponto em que acha que isso é argumento suficiente para acabar com o IRC. Este imposto é, tal como o IRS, um imposto progressivo. Ou seja, retira mais às empresas que ganham mais e não retira nada às que têm prejuízo. Posto isto, dá para perceber que a existência deste imposto confere um certo grau de estabilidade e justiça. É graças a este imposto (não só mas em certa medida) que é possível evitar que empresas gigantes esmaguem empresas mais pequenas com muita facilidade.
Se vai acabar por taxar o trabalhador ou o consumidor final? Sem dúvida. Mais vai taxar alguém com capacidade para o pagar e isso faz toda a diferença.
Público VS Privado
O Dinheiro Vivo publicou há dias um artigo sobre as diferenças entre trabalhar no sector público e no privado. Numa altura de crise é natural que se queiram nivelar por baixo as duas classes de trabalhadores, mas a verdade é que existem alguns benefícios, a meu ver, escandalosos.
Salários
Parece haver alguma vantagem para o sector público, mas acho que de uma maneira geral não é aqui que as diferenças são grandes. Parece-me haver demasiada demagogia sobre os salários em si.
Férias
Esta é uma desigualdade relevante, a meu ver. Por que carga de água um funcionário público tem direito a mais dias de férias do que um funcionário do privado?
Segurança
Esta é a principal desigualdade que existe entre as duas classes. Despedir um funcionário público do quadro é inconstitucional. Ora isto origina um emprego para a vida e consequentemente um salário garantido para o resto da vida. Isto permite assumir compromissos (casa, carro, férias, etc) que um funcionário do privado só poderá concretizar mais tarde. Outra consequência muito importante é a facilidade e o preço dos créditos. Um banco exige um spread bastante inferior a uma pessoa que sabe que vai pagar. Não há risco. Um funcionário do privado dificilmente terá condições igualmente vantajosas.
Protecção da saúde
A ADSE provoca assimetrias brutais no acesso à saúde. Um funcionário público pode deslocar-se a empresas privadas e pagar praticamente o mesmo que pagaria no SNS. É perfeitamente normal que este sistema esteja descontinuado, embora ainda existam milhares de beneficiários.
Reforma
Outra grande injustiça a vários níveis: reformavam-se mais cedo, têm direito à reforma antecipada e a fórmula de cálculo é altamente vantajosa (último salário em vez da média dos últimos 20 anos). Depois admiram-se que a Segurança Social não é sustentável.
Outro ponto importante, mas que não foi referido no artigo, é a existência de tabelas de evolução salarial no sector público. Uma pessoa sabe à partida que, quando passarem X anos e fizer uma prova qualquer, o seu salário aumenta automaticamente. Já no privado, o salário está sempre associado à oferta e procura e pode nunca ser aumentado durante a vida inteira. Além disso, a evolução estática por via de uma tabela não promove o mérito.
E por que é que os funcionários públicos têm estas regalias todas?
Salários
Parece haver alguma vantagem para o sector público, mas acho que de uma maneira geral não é aqui que as diferenças são grandes. Parece-me haver demasiada demagogia sobre os salários em si.
Férias
Esta é uma desigualdade relevante, a meu ver. Por que carga de água um funcionário público tem direito a mais dias de férias do que um funcionário do privado?
Segurança
Esta é a principal desigualdade que existe entre as duas classes. Despedir um funcionário público do quadro é inconstitucional. Ora isto origina um emprego para a vida e consequentemente um salário garantido para o resto da vida. Isto permite assumir compromissos (casa, carro, férias, etc) que um funcionário do privado só poderá concretizar mais tarde. Outra consequência muito importante é a facilidade e o preço dos créditos. Um banco exige um spread bastante inferior a uma pessoa que sabe que vai pagar. Não há risco. Um funcionário do privado dificilmente terá condições igualmente vantajosas.
Protecção da saúde
A ADSE provoca assimetrias brutais no acesso à saúde. Um funcionário público pode deslocar-se a empresas privadas e pagar praticamente o mesmo que pagaria no SNS. É perfeitamente normal que este sistema esteja descontinuado, embora ainda existam milhares de beneficiários.
Reforma
Outra grande injustiça a vários níveis: reformavam-se mais cedo, têm direito à reforma antecipada e a fórmula de cálculo é altamente vantajosa (último salário em vez da média dos últimos 20 anos). Depois admiram-se que a Segurança Social não é sustentável.
Outro ponto importante, mas que não foi referido no artigo, é a existência de tabelas de evolução salarial no sector público. Uma pessoa sabe à partida que, quando passarem X anos e fizer uma prova qualquer, o seu salário aumenta automaticamente. Já no privado, o salário está sempre associado à oferta e procura e pode nunca ser aumentado durante a vida inteira. Além disso, a evolução estática por via de uma tabela não promove o mérito.
E por que é que os funcionários públicos têm estas regalias todas?
- Estou convencido que é uma das melhores maneiras de ganhar votos/eleições.
- Há profissões do Estado que não têm concorrência e como tal os trabalhadores estão à vontade para fazer greve e bloquear o país
- O Estado cumpre escrupulosamente a lei (ou quase sempre...) e muito dificilmente vai à falência e portanto quase todas as profissões públicas estão sindicalizadas. Se uma empresa privada sofrer as mesmas pressões dos trabalhadores das duas uma: vai para a insolvência ou arranja maneira de despedir os reivindicadores.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Economia paralela
É interessante verificar a percentagem da economia paralela em relação ao PIB de cada país. Há uma relação quase linear entre os países em maiores dificuldades e os que praticam mais este tipo de actividade.
Resta saber se são as dificuldades que levam as pessoas à economia paralela ou se é a economia paralela que leva às dificuldades.
Acredito que seja um pouco das duas e por isso é que é muito difícil resolver o problema.
domingo, 14 de abril de 2013
Ranking de hospitalidade mundial
Esta notícia fala do ranking da hospitalidade por país e é interessante verificar que Portugal se situa na sétima posição. Ora aqui está uma boa maneira de vender Portugal como destino turístico.
Devo dizer que fiquei surpreendido com alguns países africanos. Sempre achei que era perigoso viajar por estes países.
Devo dizer que fiquei surpreendido com alguns países africanos. Sempre achei que era perigoso viajar por estes países.
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quarta-feira, 10 de abril de 2013
Pobreza dos países ricos
Parece um contra-senso mas a pobreza dos países ricos é absurdamente alta para o que seria de esperar.
É mais do que sabido que tem havido transferências maciças de dinheiro dos mais pobres para os mais ricos. Sabemos que, por exemplo nos Estados Unidos, 1% dos mais ricos detém 40% da riqueza, enquanto há dez anos atrás detinha apenas 33%.
Toda a gente sabe que para estas pessoas terem esta quantidade de dinheiro, milhões de outras estão condenadas à pobreza. O gráfico acima mostra que há 23% de crianças americanas que vivem em agregados familiares com rendimentos muito baixos.
Não vão ser estes ricos que vão abdicar do seu dinheiro para dar aos mais pobres. Mesmo que estes pseudo-filantropos distribuam 500 milhões de dólares a 10000 pessoas, terão ganho 900 milhões a explorar outras 10000. Os governos é que são responsáveis pela justa distribuição da riqueza e neste capítulo estão a fazer um péssimo trabalho.
É mais do que sabido que tem havido transferências maciças de dinheiro dos mais pobres para os mais ricos. Sabemos que, por exemplo nos Estados Unidos, 1% dos mais ricos detém 40% da riqueza, enquanto há dez anos atrás detinha apenas 33%.
Toda a gente sabe que para estas pessoas terem esta quantidade de dinheiro, milhões de outras estão condenadas à pobreza. O gráfico acima mostra que há 23% de crianças americanas que vivem em agregados familiares com rendimentos muito baixos.
Não vão ser estes ricos que vão abdicar do seu dinheiro para dar aos mais pobres. Mesmo que estes pseudo-filantropos distribuam 500 milhões de dólares a 10000 pessoas, terão ganho 900 milhões a explorar outras 10000. Os governos é que são responsáveis pela justa distribuição da riqueza e neste capítulo estão a fazer um péssimo trabalho.
É a Grécia que deve à Alemanha ou o contrário?
Depois de ver o artigo com o título abaixo fiquei curioso:
Reparações de guerra. Governo grego afirma que Alemanha deve 162 mil milhões
Reparações de guerra. Governo grego afirma que Alemanha deve 162 mil milhões
Após a segunda guerra mundial terá havido um perdão gigantesco de dívida à Alemanha, para que esta se pudesse recuperar. E não estamos a falar de um perdão ao estilo grego - de 160% do PIB para 120% - mas sim de um perdão a sério. A confirmarem-se estes valores, acredito que deva ser extremamente frustrante para os gregos se sujeitarem a condições cruéis por parte do seu maior devedor.
Esta quantia é capaz de reduzir para metade o valor da actual dívida pública grega e é por isso que é politicamente relevante que este relatório tenha aparecido. Não me acredito em qualquer tipo de benevolência dos alemães, mas pode ser que os faça lembrar que por várias vezes a Europa os ajudou. Talvez fosse altura de fazerem o mesmo.
Exportações da Noruega
Tenho a curiosidade constante de saber por que é que a Noruega é um país tão rico. Recentemente vi uma imagem que continha os produtos que a Noruega exportava e parece-me que o segredo poderá estar também aqui.
O petróleo representa cerca de 57% das exportações norueguesas, o que é abismal. Caso o petróleo deixe de ser a commodity mais procurada do mundo haverá uma séria quebra da economia norueguesa. Estamos a falar de mais de metade das exportações, o que poderá significar a transformação de um país rico num país normal ou quem sabe pobre.
O petróleo representa cerca de 57% das exportações norueguesas, o que é abismal. Caso o petróleo deixe de ser a commodity mais procurada do mundo haverá uma séria quebra da economia norueguesa. Estamos a falar de mais de metade das exportações, o que poderá significar a transformação de um país rico num país normal ou quem sabe pobre.
domingo, 7 de abril de 2013
Semana louca de política
Esta tem sido uma das semanas mais agitadas desde que o actual governo assumiu funções. As teorias da conspiração mais excêntricas poderão atribuir tudo isto ao aparecimento de José Sócrates, mas não me parece. Vejamos o que aconteceu nos últimos dias:
Quarta-feira, 3 de Abril
O partido socialista apresenta uma moção de censura ao Governo.
Quinta-feira, 4 de Abril
Miguel Relvas apresenta a demissão.
Sexta-feira, 5 de Abril
O Tribunal Constitucional declara 4 de 9 medidas do orçamento inconstitucionais.
Sábado, 6 de Abril
O governo organiza um conselho de ministros de emergência para discutir a decisão do Tribunal. No final o primeiro ministro sai disparado para Belém, sem conhecermos a motivação.
Domingo, 7 de Abril
O primeiro ministro irá fazer uma declaração ao país às 18h30. Em Portugal, quando um primeiro ministro faz uma declaração ao país é para anunciar impostos ou uma remodelação/demissão do governo.
Veremos como esta novela continua, mas de qualquer das maneiras a dramatização feita pelo governo tem uma intenção. Está claramente a fazer do Tribunal e da Constituição o bode expiatório da ingovernabilidade, o que claramente não é verdade por 3 motivos:
Quarta-feira, 3 de Abril
O partido socialista apresenta uma moção de censura ao Governo.
Quinta-feira, 4 de Abril
Miguel Relvas apresenta a demissão.
Sexta-feira, 5 de Abril
O Tribunal Constitucional declara 4 de 9 medidas do orçamento inconstitucionais.
Sábado, 6 de Abril
O governo organiza um conselho de ministros de emergência para discutir a decisão do Tribunal. No final o primeiro ministro sai disparado para Belém, sem conhecermos a motivação.
Domingo, 7 de Abril
O primeiro ministro irá fazer uma declaração ao país às 18h30. Em Portugal, quando um primeiro ministro faz uma declaração ao país é para anunciar impostos ou uma remodelação/demissão do governo.
Veremos como esta novela continua, mas de qualquer das maneiras a dramatização feita pelo governo tem uma intenção. Está claramente a fazer do Tribunal e da Constituição o bode expiatório da ingovernabilidade, o que claramente não é verdade por 3 motivos:
- O Governo voltou a inscrever a mesma medida que tinha sido considerada inconstitucional no passado. Que eu saiba, a Constituição não mudou. Aliás, o conselho de ministros extraordinário já estava marcado mesmo antes do anúncio do Tribunal, porque já adivinhavam o resultado.
- A decisão do Tribunal baseia-se no princípio da igualdade e equidade, o que faz com que a argumentação de que a Constituição está desactualizada seja deitada por terra. Não há nenhum estado democrático no mundo que não tenha estas alíneas.
- O Tribunal não tem que olhar para o contexto económico do país para tomar decisões. Só tem de olhar para a constituição. Portugal está em crise desde 1143. Se fossemos a ter em conta o contexto económico basicamente passava tudo em todos os instantes.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Profissões VS Países
Dei de caras com um gráfico interactivo que indica as profissões que cada país necessita, assim como o contrário.
Oh Relvas, oh Relvas, 12º ano à vista
Miguel Relvas está prestes a ser "deslicenciado". Pode orgulhar-se de ter sido um dos piores ministros de sempre e nós cá sabemos a mediocridade que temos tido nas últimas décadas. Na hora da sua despedida fez um discurso à sua imagem: elogiou-se a si próprio e a obra que deixou. Vejamos então o magnífico legado que Miguel Relvas nos deixa:
1- No negócio da TAP (que correu muito mal) ficamos a saber que Miguel Relvas tinha ligações duvidosas com os compradores, que por sua vez tinham tudo para serem aldrabões.
2- Soubemos que Pedro Passos Coelho, enquanto administrador da Tecnoforma, terá beneficiado indevidamente de dinheiro comunitário da Europa através de Miguel Relvas.
3- Alegadamente terá feito pressão sobre o jornal Público, quando questionado sobre a sua relação com as Secretas e Jorge Silva Carvalho.
4- Pertence à Maçonaria.
5- Foi passar as férias do Natal de 2012 a Copacabana com Dias Loureiro (implicado no caso BPN) e mais uns senhores, todos eles de ética muito duvidosa. Tudo isto em plena crise em Portugal.
6- Falhanço absoluto na privatização da RTP, depois de alegadamente a tentar entregar a um grupo angolano, também ele duvidoso.
7- É licenciado através de equivalências a 32 de um total de 36 cadeiras em Ciências Políticas.
...
152 - Não sabe cantar a Grândola Vila Morena e ainda goza com quem a canta.
Cada dia de Miguel Relvas é um dia em que algum escândalo acontece e por isso fico estupefacto quando o ouço dizer que "a história fará o julgamento dos resultados das minhas funções". Miguel, entre mim e ti, deixa-me dizer-te que já foste julgado há muito tempo e queremos é que desapareças da nossa frente.
Fico agora à espera da primeira notícia que nos vai informar que Miguel Relvas foi contratado para consultor de um grande grupo económico...
1- No negócio da TAP (que correu muito mal) ficamos a saber que Miguel Relvas tinha ligações duvidosas com os compradores, que por sua vez tinham tudo para serem aldrabões.
2- Soubemos que Pedro Passos Coelho, enquanto administrador da Tecnoforma, terá beneficiado indevidamente de dinheiro comunitário da Europa através de Miguel Relvas.
3- Alegadamente terá feito pressão sobre o jornal Público, quando questionado sobre a sua relação com as Secretas e Jorge Silva Carvalho.
4- Pertence à Maçonaria.
5- Foi passar as férias do Natal de 2012 a Copacabana com Dias Loureiro (implicado no caso BPN) e mais uns senhores, todos eles de ética muito duvidosa. Tudo isto em plena crise em Portugal.
6- Falhanço absoluto na privatização da RTP, depois de alegadamente a tentar entregar a um grupo angolano, também ele duvidoso.
7- É licenciado através de equivalências a 32 de um total de 36 cadeiras em Ciências Políticas.
...
152 - Não sabe cantar a Grândola Vila Morena e ainda goza com quem a canta.
Cada dia de Miguel Relvas é um dia em que algum escândalo acontece e por isso fico estupefacto quando o ouço dizer que "a história fará o julgamento dos resultados das minhas funções". Miguel, entre mim e ti, deixa-me dizer-te que já foste julgado há muito tempo e queremos é que desapareças da nossa frente.
Fico agora à espera da primeira notícia que nos vai informar que Miguel Relvas foi contratado para consultor de um grande grupo económico...
sexta-feira, 22 de março de 2013
Aproveitar o Mar
Segundo o ranking da wikipédia, Portugal é o 10º país com maior área marítima do mundo.
Já estava na altura de sermos os maiores a fazer qualquer coisa relacionada com o mar, não?
Já estava na altura de sermos os maiores a fazer qualquer coisa relacionada com o mar, não?
domingo, 17 de março de 2013
Rendimento disponível bruto per capita (2009) - Portugal VS Espanha
O INE publicou mais uma edição do relatório "A Península Ibérica em números" e uma das estatísticas apresentadas que me interessou é o rendimento disponível bruto per capita. Só é pena que os dados sejam relativos a 2009, mas já dá para ter uma ideia das diferenças entre regiões.
Os espanhóis ganham, em média, melhor do que nós e toda a gente sabe que o custo de vida por lá não é muito superior ao de Portugal. Aposto que se fizessem o mapa com dados de 2012 teriam de criar um novo escalão "Até 8000 euros".
Os espanhóis ganham, em média, melhor do que nós e toda a gente sabe que o custo de vida por lá não é muito superior ao de Portugal. Aposto que se fizessem o mapa com dados de 2012 teriam de criar um novo escalão "Até 8000 euros".
Europa muito perigosa
Na reunião do ECOFIN da sexta-feira passada decidiu-se resgatar financeiramente o Chipre. O problema é o habitual: a banca endividou-se muito, blá blá blá, é preciso salvar a banca se não morremos todos, blá blá blá, o contribuinte é que vai pagar tudo.
Nada de novo no mundo em que vivemos. O mais grave é que desta vez, além da subida de impostos e corte de despesas, a UE concordou com uma medida muito perigosa:
- Aplicar uma taxa de 6,75% sobre todos os depósitos até 100 mil euros.
- Aplicar uma taxa de 9,9% sobre todos os depósitos acima de 100 mil euros.
Isto abre um precedente gigantesco na segurança e na propriedade privada dos depositantes europeus. Por decreto europeu é agora possível tirarem-me uma percentagem da minha riqueza, porque a banca se enterrou. Dizem eles que vão dar em troca acções dos respectivos bancos, como se isso compensasse a gravidade da operação.
Trata-se de expropriação de dinheiro dos depositantes, que presumo que apenas aconteça em regimes "democráticos" como o da Coreia do Norte. Se Portugal se continuar a enterrar como tem feito tão bem nos últimos anos corremos o risco de nos virem sacar dinheiro às nossas contas, sem sequer nos perguntarem.
Nada de novo no mundo em que vivemos. O mais grave é que desta vez, além da subida de impostos e corte de despesas, a UE concordou com uma medida muito perigosa:
- Aplicar uma taxa de 6,75% sobre todos os depósitos até 100 mil euros.
- Aplicar uma taxa de 9,9% sobre todos os depósitos acima de 100 mil euros.
Isto abre um precedente gigantesco na segurança e na propriedade privada dos depositantes europeus. Por decreto europeu é agora possível tirarem-me uma percentagem da minha riqueza, porque a banca se enterrou. Dizem eles que vão dar em troca acções dos respectivos bancos, como se isso compensasse a gravidade da operação.
Trata-se de expropriação de dinheiro dos depositantes, que presumo que apenas aconteça em regimes "democráticos" como o da Coreia do Norte. Se Portugal se continuar a enterrar como tem feito tão bem nos últimos anos corremos o risco de nos virem sacar dinheiro às nossas contas, sem sequer nos perguntarem.
sábado, 16 de março de 2013
Gaspar, Gaspar
Bravo, Gaspar! Mais uma vez falhaste todos os números possíveis e imagináveis. Aposto que nem sequer consegues prever o que vais comer ao jantar logo à noite. Vejam o quadro abaixo que mostra a discrepância de números em apenas 6 meses.
Como é possível estes fantoches dizerem que estamos no bom caminho? Ainda bem que a matemática é uma ciência exacta e se fazem estatísticas oficiais, caso contrário achava que estávamos muito bem na vida. Acho um insulto esta gente tentar convencer o povo que 2+2 não é igual a 4, mas enfim: políticos...
Como é possível estes fantoches dizerem que estamos no bom caminho? Ainda bem que a matemática é uma ciência exacta e se fazem estatísticas oficiais, caso contrário achava que estávamos muito bem na vida. Acho um insulto esta gente tentar convencer o povo que 2+2 não é igual a 4, mas enfim: políticos...
quarta-feira, 13 de março de 2013
Cuidado com a China
Hoje em dia é quase senso comum que a abertura do comércio mundial à China é uma das principais causas da desgraça do mundo ocidental. Aliás, quanto mais leio sobre o assunto começo a achar que a crise actual é devida em 50% à Europa e 50% a nós próprios.
A nossa "solidária" Europa resolveu abrir o seu mercado às importações chinesas em troca de exportações. Tudo muito bem, não fosse o facto de nem todas as economias estarem a produzir aquilo que a China precisava. É o caso de Portugal. Não só não conseguimos exportar para lá, como também começámos a ter que competir com as importações de lá, como é o caso dos têxteis e do calçado.
Quem ficou a ganhar com isto? As economias que produziam material que a China não tinha: maquinaria pesada, equipamento para transportes, etc. Quem são estes países? Vejam o gráfico que correlaciona o endividamento externo com a semelhança da estrutura produtiva:
Ou seja: quem está mal hoje é que tem uma estrutura produtiva que compete directamente com a China. Mais uma vez, os países europeus ditos "solidários" fizeram acordos comerciais que apenas os beneficiaram em detrimento dos restantes. Bela Europa esta que temos!
A China obviamente lucrou imenso com isto porque pôde despachar triliões de dólares em produtos pelo mundo todo. Como o gráfico abaixo de excedentes mostra (fonte), está numa posição muito privilegiada no mundo. Não tarda a ser a maior economia do mundo e não é bom ter uma ditadura comunista a mandar palpites sobre a economia mundial.
A nossa "solidária" Europa resolveu abrir o seu mercado às importações chinesas em troca de exportações. Tudo muito bem, não fosse o facto de nem todas as economias estarem a produzir aquilo que a China precisava. É o caso de Portugal. Não só não conseguimos exportar para lá, como também começámos a ter que competir com as importações de lá, como é o caso dos têxteis e do calçado.
Quem ficou a ganhar com isto? As economias que produziam material que a China não tinha: maquinaria pesada, equipamento para transportes, etc. Quem são estes países? Vejam o gráfico que correlaciona o endividamento externo com a semelhança da estrutura produtiva:
Ou seja: quem está mal hoje é que tem uma estrutura produtiva que compete directamente com a China. Mais uma vez, os países europeus ditos "solidários" fizeram acordos comerciais que apenas os beneficiaram em detrimento dos restantes. Bela Europa esta que temos!
A China obviamente lucrou imenso com isto porque pôde despachar triliões de dólares em produtos pelo mundo todo. Como o gráfico abaixo de excedentes mostra (fonte), está numa posição muito privilegiada no mundo. Não tarda a ser a maior economia do mundo e não é bom ter uma ditadura comunista a mandar palpites sobre a economia mundial.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Leitura recomendada
O autor Edward Hugh fez um belo e ao mesmo tempo devastador artigo sobre Portugal, onde escreve sobre a demografia, economia e desemprego.
http://fistfulofeuros.net/afoe/the-great-portuguese-hollowing-out/
Os números que ele expõe impedem qualquer um de vislumbrar um futuro risonho para o nosso país. Se é sensível não leia este artigo :)
http://fistfulofeuros.net/afoe/the-great-portuguese-hollowing-out/
Os números que ele expõe impedem qualquer um de vislumbrar um futuro risonho para o nosso país. Se é sensível não leia este artigo :)
quinta-feira, 7 de março de 2013
Portugal respira de alívio
É assim que o Governo anuncia a alteração que a Standard & Poors fez esta semana, ao colocar Portugal em perspectiva estável. Somos lixo na mesma, mas mal cheiroso.
Para Passos Coelho valeu a pena extorquir milhares de milhões de euros aos portugueses, para agora receber este biscoito. Bravo, Coelho! Eu próprio estou extasiado com tamanho feito. Se eu pudesse oferecer mais uns milhares de euros ao Estado só para poder ver a perspectiva positiva é que era!
Um primeiro-ministro que continua a dizer que estamos no bom caminho e que baixar o salário mínimo faria aumentar o emprego só merece que o tratem por besta. Não admira que ele e os seus amigos sejam vaiados na rua. Só estamos a tratar estas bestas da mesma maneira que elas nos estão a tratar a nós.
Sabendo nós que este Governo vai, infelizmente, terminar o seu mandato só podemos esperar pelo aparecimento de extremistas nas próximas eleições. Na Grécia e na Itália aconteceu isso, mas os responsáveis europeus, do alto do seu pedestal, não conseguem perceber porquê.
Eu diria que neste momento qualquer analfabeto em Portugal teria imensos votos se se distanciasse pura e simplesmente dos partidos políticos. Aliás, é uma das coisas que mais me irrita na nossa "democracia". Nunca ninguém consegue fazer nada por iniciativa própria sem estar ou ter estado num partido. Temos pessoas com visões fantásticas sobre como o País devia funcionar, mas nunca há espaço para elas se juntarem e candidatarem ao Governo.
Já todos vimos o que é que os políticos conseguem fazer: NADA! Estou disposto a votar num conjunto de pessoas com ideias sensatas, não demagógicas e que afirmem o seguinte na primeira linha do seu programa eleitoral:
"Não pertencemos a qualquer partido político e como tal demitir-nos-emos caso não consigamos implementar pelo menos 70% das medidas aqui anunciadas"
Só esta frase ganharia o meu voto.
Para Passos Coelho valeu a pena extorquir milhares de milhões de euros aos portugueses, para agora receber este biscoito. Bravo, Coelho! Eu próprio estou extasiado com tamanho feito. Se eu pudesse oferecer mais uns milhares de euros ao Estado só para poder ver a perspectiva positiva é que era!
Um primeiro-ministro que continua a dizer que estamos no bom caminho e que baixar o salário mínimo faria aumentar o emprego só merece que o tratem por besta. Não admira que ele e os seus amigos sejam vaiados na rua. Só estamos a tratar estas bestas da mesma maneira que elas nos estão a tratar a nós.
Sabendo nós que este Governo vai, infelizmente, terminar o seu mandato só podemos esperar pelo aparecimento de extremistas nas próximas eleições. Na Grécia e na Itália aconteceu isso, mas os responsáveis europeus, do alto do seu pedestal, não conseguem perceber porquê.
Eu diria que neste momento qualquer analfabeto em Portugal teria imensos votos se se distanciasse pura e simplesmente dos partidos políticos. Aliás, é uma das coisas que mais me irrita na nossa "democracia". Nunca ninguém consegue fazer nada por iniciativa própria sem estar ou ter estado num partido. Temos pessoas com visões fantásticas sobre como o País devia funcionar, mas nunca há espaço para elas se juntarem e candidatarem ao Governo.
Já todos vimos o que é que os políticos conseguem fazer: NADA! Estou disposto a votar num conjunto de pessoas com ideias sensatas, não demagógicas e que afirmem o seguinte na primeira linha do seu programa eleitoral:
"Não pertencemos a qualquer partido político e como tal demitir-nos-emos caso não consigamos implementar pelo menos 70% das medidas aqui anunciadas"
Só esta frase ganharia o meu voto.
terça-feira, 5 de março de 2013
Electricidade mais barata?
A DECO lançou recentemente uma campanha para fazer baixar o preço da electricidade das famílias portuguesas. A ideia é negociar o preço da electricidade colectivamente, fazendo leilões com os vários fornecedores em Portugal. Este movimento foi inspirado no que aconteceu noutros países onde o mercado de electricidade também foi liberalizado.
Supostamente, negociando 300 mil contractos em vez de apenas um, dá uma certa vantagem para os consumidores (coisa rara hoje em dia). No entanto, conhecendo a veia monopolista das empresas de energia que actuam em Portugal, falta perceber qual é o "mas...". É que mesmo que tenham combinado entre si o preço a apresentar no leilão, correm o risco de perder milhares de clientes de um dia para o outro. Estou muito curioso para ver como é que isto se vai desenrolar, mas certamente que já existem grupos de trabalho em cada uma destas empresas para perceber qual a melhor estratégia para lixar o consumidor.
De qualquer das maneiras, grande iniciativa da DECO!
www.paguemenosluz.pt
Supostamente, negociando 300 mil contractos em vez de apenas um, dá uma certa vantagem para os consumidores (coisa rara hoje em dia). No entanto, conhecendo a veia monopolista das empresas de energia que actuam em Portugal, falta perceber qual é o "mas...". É que mesmo que tenham combinado entre si o preço a apresentar no leilão, correm o risco de perder milhares de clientes de um dia para o outro. Estou muito curioso para ver como é que isto se vai desenrolar, mas certamente que já existem grupos de trabalho em cada uma destas empresas para perceber qual a melhor estratégia para lixar o consumidor.
De qualquer das maneiras, grande iniciativa da DECO!
www.paguemenosluz.pt
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Semana de trabalho de 20 horas
É um conceito interessante e que voltou ao debate público após as eleições em Itália. Um ex-comediante que ganham imensos votos aos partidos tradicionais diz-se a favor de semanas de trabalho de 20 horas.
A propósito do assunto, li um artigo que argumenta que, se todos partilharmos o nosso emprego com mais alguém fazendo diminuir o desemprego, é possível obter crescimento económico. Para mim e acredito que para a grande maioria das pessoas será muito estranho ouvir falar de tal cenário. Mas o facto é que sempre nos habituamos a trabalhar as 40 horas sem nunca questionar o porquê.
Supostamente foi durante a revolução industrial que se decidiu o tempo ideal de trabalho.
Gostaria de ver as 20 horas de trabalho semanal na prática para poder avaliar melhor se traria uma vida melhor para todos ou não. No entanto, uma coisa é certa: ou se impunha as 20 horas a todos os cidadãos do mundo ou então seria certamente um fiasco. Já é difícil competir com indianos e chineses a trabalhar 70 horas por semana, quanto mais se baixarmos as nossas 40 para metade.
A propósito do assunto, li um artigo que argumenta que, se todos partilharmos o nosso emprego com mais alguém fazendo diminuir o desemprego, é possível obter crescimento económico. Para mim e acredito que para a grande maioria das pessoas será muito estranho ouvir falar de tal cenário. Mas o facto é que sempre nos habituamos a trabalhar as 40 horas sem nunca questionar o porquê.
Supostamente foi durante a revolução industrial que se decidiu o tempo ideal de trabalho.
Gostaria de ver as 20 horas de trabalho semanal na prática para poder avaliar melhor se traria uma vida melhor para todos ou não. No entanto, uma coisa é certa: ou se impunha as 20 horas a todos os cidadãos do mundo ou então seria certamente um fiasco. Já é difícil competir com indianos e chineses a trabalhar 70 horas por semana, quanto mais se baixarmos as nossas 40 para metade.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Sócrates na Indústria Farmacêutica
Não, não estou a brincar. O nosso ex-primeiro ministro é mesmo um consultor para uma multinacional Suíça - Octapharma - do mercado sul americano.
Ele nunca me enganou. Todos aqueles problemas a tirar o curso de Engenharia só podiam significar uma coisa: ele nasceu para a indústria farmacêutica!
Quais mestrados, quais doutoramentos... o que é preciso para se ter um cargo de topo numa multinacional é ir para a política. Não há nenhuma outra profissão que dê tantos connects como a política, que é no fundo a matéria-prima para qualquer multinacional assegurar a sua prosperidade.
Sócrates está, ainda assim, uns passos atrás de Relvas. Sócrates foi para a política para conseguir ser consultor de uma grande empresa, enquanto Relvas foi para a política para conseguir ser consultor de todas as multinacionais de uma vez.
O artigo acaba aqui, porque tenho de ir a umas aulas de filosofia em Paris a ver se consigo um emprego na Johnson and Johnson.
Ele nunca me enganou. Todos aqueles problemas a tirar o curso de Engenharia só podiam significar uma coisa: ele nasceu para a indústria farmacêutica!
Quais mestrados, quais doutoramentos... o que é preciso para se ter um cargo de topo numa multinacional é ir para a política. Não há nenhuma outra profissão que dê tantos connects como a política, que é no fundo a matéria-prima para qualquer multinacional assegurar a sua prosperidade.
Sócrates está, ainda assim, uns passos atrás de Relvas. Sócrates foi para a política para conseguir ser consultor de uma grande empresa, enquanto Relvas foi para a política para conseguir ser consultor de todas as multinacionais de uma vez.
O artigo acaba aqui, porque tenho de ir a umas aulas de filosofia em Paris a ver se consigo um emprego na Johnson and Johnson.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Portal de Opinião Pública
A Fundação Francisco Manuel dos Santos disponibilizou mais um site informativo muito interessante sobre 7 temas:
- O indíviduo
- A família
- Os grupos sociais
- O trabalho
- A religião
- A economia
- A política
Os dados apresentados resultam de inquéritos de opinião executados por toda a Europa, pelo que é suposto representar a percepção dos cidadãos de cada país.
Por exemplo, no capítulo da política é possível consultar o indicador "Satisfação com a democracia" obtendo o seguinte resultado para 4 países:
Facilmente se correlaciona a riqueza do país com a saúde da democracia. Quanto mais pobre, mais a democracia é considerada inútil. O caso da Grécia é bastante alarmante e parece-me que por lá, mais cedo ou mais tarde, a democracia vai ser suspensa durante uns tempos.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Grândola Vila Morena
Agora tornou-se moda cantar esta música como forma de protesto em relação às políticas do actual Governo. Bem sei que, em termos práticos, os efeitos são praticamente nulos, mas o gozo de ver os políticos encabelados é muito bom.
http://www.publico.pt/politica/noticia/relvas-interrompido-por-grandola-vila-morena-1584951
Por mim era fazer este tipo de manifestação de cada vez que o Relvas vai ao supermercado, médico ou mecânico. Já que ele não sai e não do Governo, ao menos faz-se a vida dele o mais infernal possível.
Note-se que o Relvas (agora resolvi tratar por tu as individualidades que considero estarem abaixo de cão) até tenta dar tanga aos manifestantes, cantando ele próprio a música. Diz também outra frase fenomenal:
Mas ó Relvas, ainda tens dúvidas? Tens vivido noutra realidade.
Só lamento que tu vás conseguir chegar ao fim do mandato e que consigas organizar os teus esquemas e negociatas com calma e tranquilidade. Na Bulgária, o Governo fez um décimo da cagada que vocês estão a fazer e já se demitiram após grandes protestos da população. Aprende!
http://www.publico.pt/politica/noticia/relvas-interrompido-por-grandola-vila-morena-1584951
Por mim era fazer este tipo de manifestação de cada vez que o Relvas vai ao supermercado, médico ou mecânico. Já que ele não sai e não do Governo, ao menos faz-se a vida dele o mais infernal possível.
Note-se que o Relvas (agora resolvi tratar por tu as individualidades que considero estarem abaixo de cão) até tenta dar tanga aos manifestantes, cantando ele próprio a música. Diz também outra frase fenomenal:
Governo só vai embora em 2015 se portugueses quiserem
Mas ó Relvas, ainda tens dúvidas? Tens vivido noutra realidade.
Só lamento que tu vás conseguir chegar ao fim do mandato e que consigas organizar os teus esquemas e negociatas com calma e tranquilidade. Na Bulgária, o Governo fez um décimo da cagada que vocês estão a fazer e já se demitiram após grandes protestos da população. Aprende!
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Estatísticas não mentem
Pois não é que os números reais do desemprego e recessão superaram as estimativas do Governo? Quem adivinharia tal fenómeno?
Como em qualquer outro emprego, por que é que não se criam KPIs (objectivos) no arranque de cada Governo? Eu sugiro uma lista deles e uma lista de consequências:
Como em qualquer outro emprego, por que é que não se criam KPIs (objectivos) no arranque de cada Governo? Eu sugiro uma lista deles e uma lista de consequências:
KPI | Consequência |
Promete uma coisa durante a campanha eleitoral e faz exactamente o contrário | Demissão automática do indivíduo em causa |
Descobre-se, a meio do mandato, que o seu currículo é falsificado | Demissão automática do indivíduo em causa |
Descobre-se que está directamente envolvido em grandes escândalos financeiros | Demissão automática do indivíduo em causa e pagamento (com juros!) de todos os prejuízos causados. Não interessa se desviou o dinheiro todo para familiares e amigos: limpa-se as contas de toda a gente! |
Alguém tenta nomear pessoas com currículo duvidoso ou um familiar | Demissão automática do nomeador e investigação criminal sobre o assunto. |
Fazer uma nova PPP ruínosa | Prisão para o autor, com direito a apedrejamento público. Penhora de todos os seus bens e da família. |
Privatizar uma empresa pública por tuta e meia | Possibilidade legal de qualquer cidadão poder cuspir-lhe na cara a qualquer instante |
Tendo uma lista deste género (tirando as parvoíces) eu admitiria uma subida do salário dos políticos até 50% vá. Atrairia recursos humanos de topo e afastaria os Miguéis Relvas deste país. No dia em que conseguirmos isto seremos seguramente mais prósperos.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Multar quem não pede fatura
Só faltava este brinde na legislação para 2013 no que respeita à evasão fiscal. A partir de agora os consumidores poderão ser multados em 75 a 2000 euros se forem apanhados a não pedir fatura aos comerciantes.
Não estou nada de acordo com este tipos de incentivos negativos. É preferível fazer o contrário e dar a sensação às pessoas que estão a pedir fatura por dever de cidadania ou para ganhar algum dinheiro, do que conotar esta acção com sentimentos de medo de ser multado.
A minha curiosidade aumentou quando vi esta notícia porque gostava de saber em que circunstâncias é que uma pessoa pode apanhar uma multa. Os cafés e gasolineiras vão ser frequentadas por inspectores? Os inspectores têm autoridade para passar multas na hora?
Epá, menos!
Não estou nada de acordo com este tipos de incentivos negativos. É preferível fazer o contrário e dar a sensação às pessoas que estão a pedir fatura por dever de cidadania ou para ganhar algum dinheiro, do que conotar esta acção com sentimentos de medo de ser multado.
A minha curiosidade aumentou quando vi esta notícia porque gostava de saber em que circunstâncias é que uma pessoa pode apanhar uma multa. Os cafés e gasolineiras vão ser frequentadas por inspectores? Os inspectores têm autoridade para passar multas na hora?
Epá, menos!
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Perceber a dívida pública
Recentemente li um relatório feito por cidadãos que não estão directamente ligados à política e que tentam explicar o que é a dívida, como é que a contraímos, quem beneficiou dela, etc.
Toda a argumentação é baseada factos e noutros relatórios de instituições oficiais, pelo que os números lá apresentados parecem ser verdadeiros. O conteúdo é bastante acessível, não sendo necessários conhecimentos avançados de economia e finanças.
De entre muitas excelentes explicações sobre mitos, gostei de ver contrariada a ideia de que apenas os défices é que determinam o aumento da dívida pública. A obsessão deste governo e também da Europa em torno dos défices é exagerada, dado que se consegue contrariar a subida da dívida com crescimento económico. Olhando para o gráfico abaixo é possível verificar que a dívida nem sempre subiu, enquanto os défices sempre existiram por cá. Ora foram justamente nos anos em que mais crescemos (década de 90) que conseguimos tornar a dívida sustentável.
Concluindo, não é só através da redução do défice (que também é importante) que se reduz a dívida pública, mas também através do aumento do PIB. Sabendo que o nosso PIB está muito relacionado com o consumo interno, não me parece que estejam a ser tomadas as medidas certas.
Toda a argumentação é baseada factos e noutros relatórios de instituições oficiais, pelo que os números lá apresentados parecem ser verdadeiros. O conteúdo é bastante acessível, não sendo necessários conhecimentos avançados de economia e finanças.
De entre muitas excelentes explicações sobre mitos, gostei de ver contrariada a ideia de que apenas os défices é que determinam o aumento da dívida pública. A obsessão deste governo e também da Europa em torno dos défices é exagerada, dado que se consegue contrariar a subida da dívida com crescimento económico. Olhando para o gráfico abaixo é possível verificar que a dívida nem sempre subiu, enquanto os défices sempre existiram por cá. Ora foram justamente nos anos em que mais crescemos (década de 90) que conseguimos tornar a dívida sustentável.
Concluindo, não é só através da redução do défice (que também é importante) que se reduz a dívida pública, mas também através do aumento do PIB. Sabendo que o nosso PIB está muito relacionado com o consumo interno, não me parece que estejam a ser tomadas as medidas certas.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Corrupción en la política?!
Saiu uma notícia no El País que expõe uma lista de políticos espanhóis que alegadamente recebiam dinheiro de empresários, como por exemplo da construção civil. Não sei se para os espanhóis isto é novidade ou não, mas nós por cá já estamos habituados a ver estes casos a chegar e a ir embora, sem que nada aconteça.
- Todos os intervenientes do BPN estão perfeitamente tranquilos nas suas casas.
- O Relvas já fez trinta por uma linha e está de boa saúde.
- Relvas, Dias Loureiro e afins passam todos juntos o Natal no Copacabana Palace no Brasil.
- PPPs feitas à medida para os grandes grupos económicos.
Podia continuar? Poder podia, mas não era a mesma coisa. A própria França também ficou escandalizada com as notícias de que Nicolas Sarkozy, Zinedine Zidane e Michel Platini estariam envolvidos no "favorecimento" do Qatar como anfitrião do mundial de 2022.
Hoje em dia já não vê a corrupção quem não quer. Se dantes podia haver dúvidas, agora há claras certezas de que ela existe. Simplesmente não há meios judiciais para resolver o problema.
Sonho com o dia em que não teremos a classe política. Lamento que os bons também possam sofrer, mas os maus já fizeram mal demais.
A elite portuguesa aguenta!
E pronto! Mais um episódio de um representante da nossa elite. Eu ia escrever "elite intelectual", mas depois de afirmar a seguinte frase - "Se os sem-abrigo aguentam porque é que nós não aguentamos?" - penso que é adequado.
Infelizmente é gente desta que tem dirigido o nosso país e isso explica muitos dos problemas que enfrentamos hoje. Este senhor fala dos sem-abrigo, mas ele é bem mais pobre do que eles. E não estou a falar só de pobreza de espírito. Ele é literalmente mais pobre dado que o seu banco tem uma dívida de 1000 milhões de euros ao Estado.
Infelizmente é gente desta que tem dirigido o nosso país e isso explica muitos dos problemas que enfrentamos hoje. Este senhor fala dos sem-abrigo, mas ele é bem mais pobre do que eles. E não estou a falar só de pobreza de espírito. Ele é literalmente mais pobre dado que o seu banco tem uma dívida de 1000 milhões de euros ao Estado.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Desemprego no mundo
A Organização Internacional do Trabalho estima que em 2013 o desemprego mundial atinja os 202 milhões de habitantes. Em 2012 a distribuição era a da figura abaixo.
O desemprego não é uma consequência apenas da crise que se vive. É sobretudo causado pelas desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres. O dinheiro que existe no mundo é mais do que suficiente para empregar toda a gente mas, estando mal distribuído, é impossível criar postos de trabalho.
É conhecido que em Wall Street, a geração de lucros causa sensações de grande felicidade no cérebro de tal como que são muitas vezes superiores a drogas ou sexo. Neste tipo de mundo que criámos para nós, não me parece que alguma vez exista algum tipo de justiça social. Só grandes guerras ou epidemias é que costumam causar redistribuições de dinheiro e mesmo aí costuma ir mais para uns do que para outros.
O desemprego não é uma consequência apenas da crise que se vive. É sobretudo causado pelas desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres. O dinheiro que existe no mundo é mais do que suficiente para empregar toda a gente mas, estando mal distribuído, é impossível criar postos de trabalho.
É conhecido que em Wall Street, a geração de lucros causa sensações de grande felicidade no cérebro de tal como que são muitas vezes superiores a drogas ou sexo. Neste tipo de mundo que criámos para nós, não me parece que alguma vez exista algum tipo de justiça social. Só grandes guerras ou epidemias é que costumam causar redistribuições de dinheiro e mesmo aí costuma ir mais para uns do que para outros.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Estado social
Primeiro foi o FMI a apresentar o primeiro relatório de apoio ao debate sobre o Estado Social em Portugal. Agora é a OCDE que começa a sugerir medidas. Mas por que raio estamos a começar a discussão pelo fim?
Por que é que o Governo não iniciou este debate assim que entrou em funções? Por que é que não iniciou o debate assim que a expressão "refudanção do memorando" veio a público? Por que é que somos avisados por comentadores de televisão que há estudos a serem encomendados a entidades estrangeiras?
Eu tenho a resposta: porque o Relvas existe.
Este está eleito desde já o governante mais incompetente (menos para ele próprio claro), mais odiado e mais descredibilizado de sempre. Até o Santana Lopes foi menos gozado do que este sujeito. Não tem a mínima capacidade de comunicar seja o que for aos portugueses, nem tão pouco coordenar o discurso dos outros membros do Governo. Aliás, é bem provável que a estratégia de comunicação seja precisamente esta: mandar os amigos lançar o assunto na praça pública para que ninguém lhe atribua directamente as culpas.
Este debate está inviabilizado logo à partida e é pena porque se trata de um assunto demasiado importante. Na minha opinião, este Governo não tem a mínima legitimidade para fazer uma reforma deste tamanho, já que estas medidas nunca foram sufragadas. É por isso que ouço com nojo declarações do género: "temos de debater o Estado Social que os portugueses querem...". Os portugueses? Ou o que apenas o Governo quer? Nunca ninguém me perguntou nem vai perguntar o que gostaria de ter como Estado Social e infelizmente vão ser os do costume a decidir.
Viva a democracia!...
Por que é que o Governo não iniciou este debate assim que entrou em funções? Por que é que não iniciou o debate assim que a expressão "refudanção do memorando" veio a público? Por que é que somos avisados por comentadores de televisão que há estudos a serem encomendados a entidades estrangeiras?
Eu tenho a resposta: porque o Relvas existe.
Este está eleito desde já o governante mais incompetente (menos para ele próprio claro), mais odiado e mais descredibilizado de sempre. Até o Santana Lopes foi menos gozado do que este sujeito. Não tem a mínima capacidade de comunicar seja o que for aos portugueses, nem tão pouco coordenar o discurso dos outros membros do Governo. Aliás, é bem provável que a estratégia de comunicação seja precisamente esta: mandar os amigos lançar o assunto na praça pública para que ninguém lhe atribua directamente as culpas.
Este debate está inviabilizado logo à partida e é pena porque se trata de um assunto demasiado importante. Na minha opinião, este Governo não tem a mínima legitimidade para fazer uma reforma deste tamanho, já que estas medidas nunca foram sufragadas. É por isso que ouço com nojo declarações do género: "temos de debater o Estado Social que os portugueses querem...". Os portugueses? Ou o que apenas o Governo quer? Nunca ninguém me perguntou nem vai perguntar o que gostaria de ter como Estado Social e infelizmente vão ser os do costume a decidir.
Viva a democracia!...
Banco de Portugal - Estimativas a Dezembro de 2012
O Banco de Portugal publicou o Boletim Económico do Inverno de 2012, onde apresentou as últimas previsões para a economia portuguesa em 2013 e 2014.
Alguns factos que são possíveis constatar:
Alguns factos que são possíveis constatar:
- As previsões agravaram-se significativamente desde o Boletim Económico de 2012. Isto é, em apenas 3 meses concluiu-se que a economia se vai comportar de uma maneira bastante diferente da esperada. Creio que esta mudança repentina estará relacionada com as medidas que entretanto foram aprovadas no Orçamento de Estado.
- Distanciaram-se ainda mais das previsões do Governo onde, por exemplo, o crescimento económico de 2013 será de -1.0% do PIB. Estamos a falar de valores próximos do dobro!
- O Banco de Portugal assinala que as previsões para 2014 têm como pressuposto que não haverão novas medidas de austeridade no próximo Orçamento de Estado. Ou seja, esta entidade é claramente da opinião de que, havendo mais austeridade, a economia afunda.
Que mais sinais são precisos para que o Governo entenda que isto não vai dar a lado nenhum?
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IRS 2013 - Tabelas de retenção
Foram ontem lançadas as tabelas de retenção na fonte de IRS em diário da República e entretanto proliferaram as calculadores e simuladores para que toda a gente possa ficar a saber quanto é que vai receber a menos. O pedropais.com lançou uma ferramenta comparativa com os anos anteriores e outra para ficar a saber quanto é que poderá vir a receber com duodécimos à mistura. O Económico, em parceira com a PwC, também lançou a sua própria calculadora.
O que é possível constatar destas contas é que o aumento dos impostos é brutal, quando se analisa as variações anuais desde 2011. Faz também recordar que, no sector privado, o ano de 2012 foi afinal de contas um ano melhor que 2011 em termos de impostos, uma vez que não houve sobretaxa.
As calculadoras que introduzem o factor 'duodécimos' fazem chegar à conclusão que a diluição dos subsídios pelos 12 meses irá abafar muito o descontentamento social. Na maioria dos casos, o valor líquido mensal vai até subir, o que vai fazer com que os mais distraídos não se apercebam do quanto o seu rendimento foi afectado.
O que é possível constatar destas contas é que o aumento dos impostos é brutal, quando se analisa as variações anuais desde 2011. Faz também recordar que, no sector privado, o ano de 2012 foi afinal de contas um ano melhor que 2011 em termos de impostos, uma vez que não houve sobretaxa.
As calculadoras que introduzem o factor 'duodécimos' fazem chegar à conclusão que a diluição dos subsídios pelos 12 meses irá abafar muito o descontentamento social. Na maioria dos casos, o valor líquido mensal vai até subir, o que vai fazer com que os mais distraídos não se apercebam do quanto o seu rendimento foi afectado.
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Relatório do FMI - Desemprego
O FMI também fala, no seu relatório, sobre o desemprego e considera que a duração do subsídio é demasiado longa. Quando comparado com outros países, a duração é de facto maior sendo apenas superado pelos 60 meses da Bélgica (!!).
Até posso concordar que o subsídio de desemprego dure menos, mas nunca numa situação de recessão. Tomar uma medida destas num momento tão delicado como o actual só irá atirar mais gente para a pobreza. Na minha perspectiva dever-se-ia considerar a duração e os montantes numa altura economicamente favorável.
Relatório do FMI - Suplementos ao salário
No relatório encomendado pelo Governo ao FMI com sugestões para a refundação do estado social vem um conjunto vasto de cortes em praticamente todos os ministérios. Apesar de achar que este relatório não tem a minha perspectiva social, ele baseia-se em factos para determinar onde é que se deve gastar.
Sendo assim, farei posts para apresentar estes factos sobre Portugal e vou deixar a comunicação social debruçar-se sobre as sugestões concretas.
Suplementos ao salário
A compensação por horas extraordinária, subsídios de deslocação, etc fazem parte dos suplementos pagos aos vários trabalhadores do estado. Na figura seguinte pode-se analisar em que profissões é que as compensações são mais ou menos significativas.
Comparando com outros países da Europa, verifica-se que os suplementos pagos em Portugal na função pública são superiores. É um facto que parece existir alguns abusos e por isso é que sou da opinião que se devia aumentar os salários e cortar bastante nos suplementos.
Nos médicos as compensações são quase ridículas em comparação com outros países e demonstra pela 50043ª vez que esta classe profissional é altamente protegida.
Sendo assim, farei posts para apresentar estes factos sobre Portugal e vou deixar a comunicação social debruçar-se sobre as sugestões concretas.
Suplementos ao salário
A compensação por horas extraordinária, subsídios de deslocação, etc fazem parte dos suplementos pagos aos vários trabalhadores do estado. Na figura seguinte pode-se analisar em que profissões é que as compensações são mais ou menos significativas.
Comparando com outros países da Europa, verifica-se que os suplementos pagos em Portugal na função pública são superiores. É um facto que parece existir alguns abusos e por isso é que sou da opinião que se devia aumentar os salários e cortar bastante nos suplementos.
Nos médicos as compensações são quase ridículas em comparação com outros países e demonstra pela 50043ª vez que esta classe profissional é altamente protegida.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Indicadores sociais - Despesas Anuais
Ainda no relatório do INE com os indicadores sociais, gostei de ler o quadro com as categorias de despesa média anual por agregado. Afinal de contas não parece que os portugueses andaram a viver acima das possibilidades. As maiores despesas são feitas em bens e serviços essenciais como os produtos alimentares, habitação, saúde, transportes, ensino, etc.
Aviação low-cost
O Instituto Nacional de Aviação Civil publicou um estudo sobre o impacto da aviação low-cost em Portugal desde que arrancaram em força por volta de 2004. A adesão a esta modalidade de transporte tem sido muito positiva, tendo ganho uma quota de mercado muito razoável. A aviação tradicional terá de se reinventar ou correrá o risco de desaparecer.
As companhias aéreas tradicionais definem os seus preços incluindo à partida um conjunto de serviços extra (comida, bebida, bagagem de porão, reserva de lugar, etc), enquanto as low-cost cobram apenas o transporte em si. Ora este segundo modelo parece agradar a cada vez mais pessoas, tanto no mundo comercial como no particular. São as pessoas que escolhem os serviços que querem e pagam.
A aviação tradicional terá de remodelar a sua oferta para destinos próximos ou então concentrar-se apenas nos voos de longo curso.
As companhias aéreas tradicionais definem os seus preços incluindo à partida um conjunto de serviços extra (comida, bebida, bagagem de porão, reserva de lugar, etc), enquanto as low-cost cobram apenas o transporte em si. Ora este segundo modelo parece agradar a cada vez mais pessoas, tanto no mundo comercial como no particular. São as pessoas que escolhem os serviços que querem e pagam.
A aviação tradicional terá de remodelar a sua oferta para destinos próximos ou então concentrar-se apenas nos voos de longo curso.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Indicadores Sociais - Taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor
Segundo o INE (artigo), a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor no período 2005-2011 foi a da figura abaixo. Resumindo, aumentou quase tudo de preço e o que desceu não foi muito significativo.
Indicadores Sociais - Emprego
O INE publicou um relatório intitulado "Indicadores Sociais 2011", que reúne um vasto conjunto de estatísticas sobre a população portuguesa, em diversas áreas.
Relativamente ao emprego deixo aqui os dois indicadores que achei mais interessantes em gráfico. Existem outros indicadores muito interessante, mas como são tabelas extensas não colocarei aqui.
Relativamente ao emprego deixo aqui os dois indicadores que achei mais interessantes em gráfico. Existem outros indicadores muito interessante, mas como são tabelas extensas não colocarei aqui.
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